Famílias do CadÚnico ganham acesso a microcrédito no Banco do Brasil
Programa federal amplia empréstimos com juros baixos para quem quer empreender
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O Banco do Brasil passou a oferecer microcrédito produtivo orientado para famílias inscritas no CadÚnico, por meio do Programa Acredita no Primeiro Passo. A iniciativa, formalizada em Brasília, visa apoiar empreendedores com juros reduzidos e suporte técnico, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. O programa já movimentou R$ 13 bilhões, com mais de 190 mil operações de crédito, totalizando R$ 1,7 bilhão em repasses. Destaca-se que 68% dos beneficiários são mulheres, e a taxa de inadimplência é de apenas 0,36%. A iniciativa também oferece capacitação profissional, tendo já atendido mais de 2 milhões de pessoas.
Famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, o CadÚnico, passaram a ter acesso a microcrédito produtivo orientado no BB Banco do Brasil. A iniciativa integra o Programa Acredita no Primeiro Passo e é voltada a quem quer empreender, abrir um pequeno negócio ou fortalecer uma atividade já existente, com juros mais baixos e acompanhamento técnico.
A adesão do banco ao programa foi formalizada na quarta-feira (10), em Brasília, por meio de acordo com o MDS Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. A expectativa do BB é ampliar a oferta do microcrédito em todo o país, com atenção especial às regiões Sul e Sudeste, onde o programa ainda tinha menor presença. Antes da assinatura oficial, a modalidade já havia sido testada de forma experimental no Distrito Federal, em novembro, quando cerca de mil pessoas receberam o crédito.
Criado por lei em outubro de 2024, o Acredita no Primeiro Passo é um dos eixos do Programa Acredita e, segundo o MDS, já movimentou cerca de R$ 13 bilhões. No recorte específico do empreendedorismo, os números chamam atenção: em um ano, foram mais de 190 mil operações de crédito orientado, que somam R$ 1,7 bilhão repassados a famílias do CadÚnico. Do total liberado, 68% foram destinados a mulheres, consideradas público prioritário da política. A inadimplência, argumento clássico contra crédito para população de baixa renda, ficou em apenas 0,36%.
Para reduzir riscos e dar segurança às operações, o ministério estruturou o Fundo de Garantia de Operações, o FGO, que permite multiplicar o crédito ofertado. A cada R$ 1 bilhão em garantias, é possível alavancar até R$ 12 bilhões em empréstimos. O programa também conta com o SIG Acredita, um sistema nacional que acompanha em tempo real todas as operações realizadas.
O Acredita no Primeiro Passo não se limita ao empréstimo. A proposta combina crédito com capacitação e apoio à entrada no mercado de trabalho. Mais de 2 milhões de pessoas já passaram por cursos profissionalizantes, e beneficiários do CadÚnico vêm alcançando um saldo histórico de empregos formais, segundo o governo federal.
Além do Banco do Brasil, participam da iniciativa instituições como Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e a Caixa Econômica Federal, que ampliam gradualmente a oferta de crédito. O setor privado também entrou no jogo. Empresas como Coca-Cola, McDonald’s e Carrefour aderiram ao programa, oferecendo vagas de emprego e apoio a pequenos negócios. Na prática, a política tenta atacar um problema conhecido: crédito sem orientação vira dívida; com apoio técnico, pode virar renda.


