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Economia

Iagro faz exames para confirmar se botulismo provocou morte de mil bois

Órgão deve divulgar nota técnica até o fim desta terça-feira para comentar o caso.

Ricardo Campos Jr. | 08/08/2017 08:56
Gado é enterrado na fazenda onde era criado (Foto: Rural News MS)
Gado é enterrado na fazenda onde era criado (Foto: Rural News MS)

A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) deu encaminhamento aos exames que apontarão a causa da morte de 1,1 mil cabeças de gado em uma fazenda de Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande. O órgão só vai se posicionar sobre o caso por meio de nota técnica que deve ser publicada ao longo do dia.

Os animais pertencem ao pecuarista Pérsio Ailton Tozzi, da propriedade Marca 7. Estima-se que o prejuízo dele chegue a R$ 2 milhões.

A Iagro não informou quais indícios levaram o órgão a suspeitar da bactéria que causa a doença. Segundo informações do site Rural News MS, amostras de água e ração oferecidas aos animais foram enviadas para o laboratório estadual. O gado será enterrado na própria fazenda.

Caso o resultado seja positivo, elas serão analisadas novamente em São Paulo. Isso quer dizer que só vai ser possível confirmar a presença da doença na próxima semana.

O botulismo é causado pela bactéria Clostridium botulinum, encontrado no solo, nas fezes humanas, nos animais e nos alimentos. A infecção pode acontecer de várias formas, a mais comum, segundo informações do site do médico Drauzio Varella, é por via alimentar, especialmente em comidas em conserva, embutidos e frutos do mar que não passaram pelas regras básicas de desinfecção.

A recuperação é lenta e exige internação hospitalar principalmente para o controle das complicações, como problemas respiratórios que podem ser fatais. Os antibióticos não são eficazes contra a doença, que normalmente é tratada com soro anti-botulínico para evitar que a toxina alcance o sistema nervoso.

O Campo Grande News entrou em contato com a SFA (Superintendência Federal de Agricultura), mas o órgão disse que não se manifestará sobre o caso porque ele está sendo apurado pela Iagro. A reportagem também tentou contato com o presidente do Sindicato Rural de Água Clara, Moacir Reis, mas foi informada de que ele estava em uma reunião e por isso não atendeu o celular.

Matéria editada às 10h38 do dia 9 de agosto para correção de informações.

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