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Economia

Impacto do reajuste de energia pode levar inflação de maio para mais de 1%

Bruno Chaves | 07/05/2014 12:05

Com o reajuste médio de 11,20% da tarifa de energia elétrica da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul) – 9,8% para clientes residenciais –, a inflação de Campo Grande no mês de maio pode ultrapassar 1%.

Estimativa do coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da Universidade Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza, que elabora o IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), quem mais sofrerá com o impacto será o consumidor que recebe até um salário mínimo.

“A Energia é o item que mais pesa na inflação. Qualquer variação já sinaliza grande mudança. Com o aumento médio de 11%, estimamos que a inflação de maio possa chegar a 1% ou mais. Isso porque o peso dela é alto, chega a 6,24%”, explicou Celso.

No IPC/CG, o item Energia faz parte do grupo Habitação. Logo, o coordenador avalia que se outros grupos como Alimentação, Saúde e Educação, entre outros, não registrarem queda na inflação, o consumidor pode sofrer com a perda do poder de compra.

“Quem ganha até um salário mínimo será mais penalizado. O poder de compra do consumidor, que tem o salário reajustado uma vez por ano, vai cair. É uma cadeia, não é só a conta de energia que vai aumentar, mas todos os serviços que dependem dela”, afirmou.

Energia mais cara – O reajuste aprovado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para a tarifa da Enersul vai ser retroativo ao mês de abril, mas o consumidor não vai pagar de uma vez. O valor relativo ao mês passado será escalonado em três parcelas.

O reajuste médio autorizado pela agência, considerando todas as categorias e o número de clientes da Enersul, de 903 mil, ficou em 11,20%, 4,9 pontos percentuais a menos do que o solicitado pela companhia (16,10%).

O aumento começa em 9,4% para quem paga tarifa social, será de 9,8% para os clientes residenciais que não são beneficiados pela tarifa e, para os consumidores de alta tensão, que incluem os grandes clientes como a indústria, o reajuste será de 14,11%.

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