Transporte pode ficar 12% mais barato a partir do Corredor Bioceânico
O custo do transporte de cargas para exportação ou mesmo importação para Mato Grosso do Sul deve ficar de 10 a 12% mais barato a partir da implantação do Corredor Bioceânico, levará o Centro-Oeste brasileiro até o norte do Chile via rodoviária, chegando então aos portos de Iquique e Antofagasta, no oceano Pacífico.
A estimativa de redução dos custos com transporte é do presidente Setlog-MS (Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul), Claudio Cavol, e foi feita na noite desta quinta-feira (24), durante o lançamento da expedição que fará o mesmo trajeto do corredor.
A expedição da Rila (Rota de Integração Latino-Americana) conta com a participação do próprio Setlog, e de várias outras empresas, entre elas o Campo Grande News. A partida para a viagem será dada nesta sexta-feira (25).
"Mesmo com a distância rodoviária maior, as estradas no trajeto serão boas e a infraestrutura dos portos chilenos é melhor que a dos brasileiros. Os caminhões não vão demorar tanto parados, o que vai gerar uma economia grande para o setor de transportes de forma geral, principalmente em nosso Estado", destaca Cavol.
Fora da gaveta - Há muitos anos o Corredor Bioceânico é pauta de debates, mas o projeto sempre ficou no campo das ideias - com diferentes trajetos elaborados, inclusive, passando pelo sul do Paraguai ou pela Bolívia.
Porém, dessa vez, parece que o projeto finalmente sairá do papel e será executado, conforme o senador sul-mato-grossense Waldemir Moka (PMDB), que também participou do lançamento da expedição nesta quinta, em Campo Grande.
"Venho escutando faz pelo menos 20 anos sobre esse projeto [rota rodoviária para os portos sul-americanos no oceano Pacífico], mas essa é a primeira vez que vejo que vai sair do papel de fato. Estamos todos empenhados para que isso acontece de verdade", aponta o senador Moka.