Estado espera assinatura da concessão para definir o que fazer com o Morenão
Ideia do Governo do Estado é fazer uma parceria público-privada para administrar a praça esportiva
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul está aguardando a oficialização da concessão do Estádio Morenão junto a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para definir o que será feito com o local. Apesar do "sim" da universidade, os documentos ainda não foram finalizados, o que deve acontecer até fevereiro.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul aguarda a oficialização da concessão do Estádio Morenão pela UFMS para definir seu futuro, com a expectativa de realizar estudos de viabilidade para uma parceria público-privada (PPP) que visa revitalizar o estádio, que não recebe eventos desde 2022. O local, que já foi palco de grandes jogos, apresenta condições precárias, com gramado mal cuidado e arquibancadas deterioradas. O governo já investiu R$ 9,4 milhões em melhorias, mas a concessão formal ainda depende da finalização de documentos, o que deve ocorrer em breve. A venda dos direitos de nome do estádio é uma das soluções consideradas para sua recuperação financeira.
A informação repassada pelo Governo do Estado explica que serão feitos estudos de viabilidade para o maior estádio de Mato Grosso do Sul, inaugurado em 1971. Os estudos necessários serão conduzidos pelo Escritório de Parcerias Estratégicas. A expectativa é que seja feita uma PPP (parceria público-privada) no futuro para administrar o estádio.
"A futura concessão visa a utilização desse ativo para desenvolver e fomentar o esporte sul-mato-grossense, abrir diálogo com novos parceiros do mercado, envolver clubes, instituições e associações em benefício de toda sociedade", cita a nota.
No momento, o Estado não citou com detalhes o que fará. "Assim que concluídos os estudos, a administração estadual dará ciência à sociedade dos termos que beneficiam o esporte e o futebol sul-mato-grossense".
A informação do avanço nas trativas foi confirmada inicialmente pelo secretário titular da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), Marcelo Miranda, no evento de lançamento do Campeonato Sul-Mato-Grossense de futebol masculino 2025 na última terça-feira (14).
O local não recebe eventos esportivos profissionais desde 2022, quando teve jogo do campeonato estadual de futebol. Desde então, o estádio palco de jogos da Seleção Brasileira e de grandes clubes do futebol nacional, entrou em uma espiral sem fim.
Ao visitar o estádio, a aparência é que se mantém da mesma forma que os últimos anos com as arquibancadas sem pintura e com sujeira. O gramado está com mato um pouco alto e alguns funcionários seguem trabalhando.
Em 2023, durante um evento no Bioparque Pantanal, a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura) já estava administrando os R$ 9,4 milhões repassados pelo Estado para fazer obras. Parte dessas obras foram feitas como as rampas de acesso, novos banheiros e a estrutura que seria para funcionar um museu.
No entanto, em junho de 2024, houve uma audiência que o Governo do Estado oficializou o pedido para assumir o Morenão. No mesmo dia, houve um balanço das obras feitas pela Fapec e o termo de acordo foi encerrado. Desde então, houve a demora da UFMS para dar o "sim" quanto a concessão ao Estado. Esse capítulo parece ter fim ainda neste mês.
Possível solução? - A tendência após a finalização dos documentos é o caminho da PPP e uma possível solução para o estádio é talvez a venda dos direitos de nome (naming rights em inglês). No momento, conforme levantamento do Globo Esporte, são 11 estádios do Brasil que mudaram o nome por conta de patrocinador. O mais recente foi o Estádio Pacaembu, em São Paulo, pelo valor de R$ 1 bilhão em 30 anos. O nome atual é Mercado Livre Arena Pacaembu.
O Vila Viva Sorte, do Santos, gerará R$ 150 milhões em 10 anos, resultando em R$ 15 milhões anuais. O Morumbis, do São Paulo, terá um contrato de R$ 75 milhões, com uma média de R$ 25 milhões por ano. Já o Allianz Parque, do Palmeiras, e a Neo Química Arena, do Corinthians, ambos terão contratos de R$ 300 milhões por 20 anos, com R$ 15 milhões anuais cada. A Ligga Arena, do Athletico-PR, receberá R$ 200 milhões por 15 anos, equivalente a R$ 13,3 milhões por ano.
A Casa de Apostas Arena Fonte Nova terá um contrato de R$ 52 milhões por 4 anos, com R$ 13 milhões anuais. A Arena MRV, do Atlético Mineiro, firmou um acordo de R$ 71,8 milhões por 10 anos. Já a Arena BRB Mané Garrincha terá R$ 7,5 milhões por 3 anos, ou R$ 2,5 milhões anuais. Por fim, tanto a Casa de Apostas Arena das Dunas quanto a Arena Nicnet (Botafogo-SP) contarão com contratos de R$ 6 milhões por 5 anos, resultando em R$ 1,2 milhão anuais cada.
Confira a galeria de imagens:
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.