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Advogada acusada de golpe fica cara a cara com a Justiça de MS

Por Anahi Zurutuza | 16/10/2023 06:00
Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, ao lado do marido, Aldo, em festa na Capital (Foto: Reprodução da internet)
Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, ao lado do marido, Aldo, em festa na Capital (Foto: Reprodução da internet)

Cara a cara – Acusada de tramar golpe milionário, a advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva voltou a encarar integrantes do Judiciário de Mato Grosso do Sul na semana passada. Ela é esposa do juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, aposentado compulsoriamente após série de denúncias de corrupção. Nas palavras de seus acusadores, o magistrado fazia da Justiça um “balcão de negócios”, vendendo sentenças e recebendo “mensalinho” para beneficiar empresários. O casal está vivendo em São Luís, no Maranhão.

Sustentação oral – Emmanuelle ficou frente a frente com integrantes da 2ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) no dia 10, para se defender de acusação de lavagem de dinheiro, feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e aceita pela 3ª Vara Criminal de Campo Grande. Apesar de ter feito a sustentação oral, a advogada, que está atuando em causa própria e para defender o marido, não conseguiu ver julgado o recurso contra a denúncia.

Adiamento – A conclusão do julgamento foi adiada, porque o desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques, relator do processo, está de férias. Ele já adiantou, porém, que negará o pedido da defensora e um segundo desembargador o acompanhou no voto.

Perseguição – A advogada alega ser vítima de perseguição por parte do Gaeco e diz que tem visto o Judiciário de Mato Grosso do Sul “abraçando as falácias acusatórias do Ministério Público, por meio de integrantes desonestos e imorais (infelizmente)”. Argumenta que os promotores chegaram a “fabricar falsa realidade” em relatório para embasar as acusações contra ela e diz ainda que “está há 5 anos experimentando intensos constrangimentos ilegais”.

O golpe – A esposa do juiz Aldo foi condenada por tentativa de estelionato e chegou a ser presa em 30 de julho de 2018, mas depois, foi para prisão domiciliar. Ela e outros três homens foram investigados e acusados de arquitetar plano envolvendo a negociação de uma propriedade rural em Tangará da Serra (Mato Grosso), na qual Emmanuelle foi citada como advogada do suposto proprietário da fazenda, que cobrou a vítima, um idoso que mora no Rio de Janeiro, usando um nome fictício. O negócio teria envolvido promissórias com assinaturas falsas da vítima, que só descobriu a cobrança – na verdade, um golpe – quando teve R$ 5,5 milhões bloqueados pela Justiça.

Ainda em 2023 – Após dois adiamentos, o julgamento de Carlos Fernandes Soares, 35, acusado de matar a dona de casa Márcia Catarina Lugo Ortiz, 57, a quem ele chamava de “tia”, foi remarcado. Será no dia 8 de novembro. O crime aconteceu em outubro de 2021. O réu chegou a tentar colocar a culpa no marido dela, um policial civil aposentado, mas foi desmascarado.

Adiado duas vezes – O primeiro júri popular havia sido marcado para 28 de setembro do ano passado, mas recurso da defesa do réu travou o processo. Em maio deste ano, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) confirmou que as acusações contra o homem deveriam ser submetidas à análise de jurados, representantes da sociedade, mas Carlos Fernandes ficou sem advogados e agora, por último, a Defensoria Pública pediu mais tempo para analisar o processo que já tem quase 1,9 mil páginas.

Reconfiguração – Mato Grosso do Sul fez 46 anos no dia 11, mas curiosidades sobre a criação do Estado continuam a surgir. Você sabia que MS nasceu, em 1977, com 55 municípios? Os demais 24 foram gestados nos gabinetes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e criados, entre 1980 a 2003, por leis de autorias de parlamentares. Ou seja, 30% das 79 cidades que formam o Estado. “Isso significa que atuação legislativa foi fundamental para a existência de três de cada dez municípios sul mato-grossenses”, define a Casa de Leis.

Data marcada – O projeto do Governo do Estado que reajusta em 14,95% o salário de 20.146 professores efetivos deverá ser aprovado em primeira e segunda votações pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, na sessão de quarta-feira, dia 18. É que está marcada para terça-feira reunião de deputado com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, quando os parlamentares ouvirão a categoria sobre como foram formatadas as condições da administração estadual.

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