Após ganhar 3ª indenização, Zeca pede punição ao MP

Bem indenizado - O deputado estadual Zeca do PT afirmou nesta terça-feira (7), na tribuna da Assembleia Legislativa que está prestes a receber a sua terceira indenização judicial desde que deixou o governo do Estado. Acusado de suposta “farra da publicidade” ele foi inocentado, mas diz que o escândalo marcou sua vida pessoal e política após o fim do segundo mandato, em 2007. A reparação na Justiça veio após vencer o processo em todas as instâncias, de Campo Grande ao Supremo Tribunal Federal.
Criador de frangos - O caso voltou à Capital para execução, e ele calcula que deverá receber cerca de R$ 400 mil a R$ 500 mil. "Meu advogado ainda vai passar o cálculo", explica. O ex-governador já recebeu outros R$ 400 mil em uma ação contra jornal local e outros R$ 280 mil por reportagem nacional. São valores que, segundo Zeca, garantiram a compra de uma chácara em Dois Irmãos do Buriti, onde cria frangos.
Caça às bruxas - Mas ele não esta satisfeito. "Não acho justo que o governo do estado tenha de pagar essa indenização, quem tem de pagar é o Ministério Público, que errou feio. Vou entrar com ação pedindo que esse valor seja ressarcido por eles (promotores)", diz Zeca que também não desiste de punir os promotores envolvidos no caso: "Ainda, vou entrar com uma ação pedindo o afastamento desse grupelho".
De saída? – O deputado estadual Paulo Duarte (PSB) pode deixar o partido caso o diretório nacional não apoie a reeleição do governador Eduardo Riedel (PP). Ao Campo Grande News, o parlamentar deixou claro que sua permanência depende do posicionamento da sigla: “Eu me sinto muito bem no PSB. No entanto, o que eu disse é que vou apoiar a reeleição do governador Eduardo Riedel. Essa é uma questão inegociável.”
Convites – Paulo afirmou ainda que, se o PSB seguir outro rumo, deve buscar outro abrigo partidário. “Se tiver que sair mesmo, vou avaliar os convites que recebi e vier a receber, e decidir com o grupo que me apoia a melhor alternativa”, explica. “Tudo dependerá de quais partidos estarão no arco de alianças do Riedel e formarão chapas para deputado estadual. A partir dessa definição vou tomar a decisão.”
Alinhamento nacional – O vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, também comentou o futuro do PSB nas eleições gerais de 2026. Ele acredita que a direção nacional do partido deve editar uma norma obrigando os diretórios estaduais a manter aliança com o PT nas eleições. “O vice-presidente nacional é do nosso partido, e o PT deve exigir manter ele de vice e negociar algumas posições, porque ele tem chance até de assumir a presidência. Então é um cenário político mais amplo, que depende dessas conversas.”
Autonomia – Entretanto, Carlão defende que cada estado fique livre para apoiar quem quiser, como na eleição passada. “Eu acho que seria o ideal. Cada estado tem suas particularidades. O PSB não tem o mesmo peso aqui que tem em Pernambuco ou no Nordeste. Se a gente se alinhar errado, perde espaço. Aqui, mesmo sendo de um partido de esquerda, eu preciso dialogar com a direita, porque a cidade precisa disso".
Chapinha de 2026 – Pensando nas eleições do próximo ano, Carlão avalia que o PSB pode montar uma “chapa enxuta”, com suplentes de vereador e ex-prefeitos. Ele próprio não descarta disputar vaga de deputado estadual “ou federal, se o partido precisar”. Para ele, mesmo sem atingir o coeficiente eleitoral, vale o esforço: “O PSB não pode ficar sem disputar. Se cada um tiver 3, 4 ou 5 mil votos, já é uma boa votação".
Recuperado - Antônio Vaz voltou ao trabalho na Assembleia Legislativa depois de recuperado de um infarto. Recebido com carinho pelos colegas ele agradeceu o apoio e lembrou até do hospital onde ficou internado. "Quero agradecer a todas as pessoas que oraram por mim. Passei por um momento muito difícil, mas venci, graças a Deus. Fui muito bem atendido no Hospital Moriá, em São Paulo, e agradeço a todos, em especial ao senhor presidente, que tem sido um exemplo para todos nós. Muito obrigado.”
Fora do mapa – Mato Grosso do Sul ficou de fora de um dos rankings nacionais que medem o esclarecimento de homicídios no Brasil. O levantamento do Instituto Sou da Paz apontou que o Estado não enviou dados completos ou consistentes sobre as ocorrências de 2023. A ausência da data exata dos crimes em boa parte dos registros inviabilizou o cálculo do índice. Outros nove estados também foram excluídos, entre eles Goiás, Minas Gerais, Pará e Rio Grande do Sul.
Impunidade sem fim – Segundo o Instituto Sou da Paz, o Brasil esclarece apenas 36% dos homicídios, e o número praticamente não muda há dez anos. Enquanto o Distrito Federal aparece no topo, com 96% dos casos resolvidos, a Bahia amarga a lanterna, com 13%. A diretora-executiva da entidade, Carolina Ricardo, diz que a lentidão do Estado em dar respostas “mantém homicidas impunes, deixa as famílias sem resposta e reduz a confiança da sociedade”.