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Inimigos nacionais, PT e PSL "combinam" voto em MS

Marta Ferreira | 14/11/2019 06:00
"Campanha virtual" não é reconhecida pelas corporações. (Foto: Reprodução internet)
"Campanha virtual" não é reconhecida pelas corporações. (Foto: Reprodução internet)

“Migos”- Em campos totalmente opostos no cenário nacional, os deputados do PSL e do PT voltaram a se entender na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, apoiando o discurso do outro na tribuna e até votando junto. Foi assim na votação do primeiro projeto do pacote fiscal proposto pelo governo do Estado. Os quatro parlamentares das duas legendas, Carlos Alberto David, Renan Contar, Pedro Kemp e José Almi votaram contra.

Não fui avisado - O petista Pedro Kemp (PT) reclamou com seu bloco político, o G-9, de não ter sido consultado sobre o acordo de lideranças para votar o pacote do governo na sessão desta quarta-feira. Neste ano, Kemp o petista teve que fazer parte de um grupo político, já que o PT reduziu sua bancada de 4 para 2 deputados.

Defesa – Uma das mudanças foi no Fundersul, que incide sobre a comercialização de produtos agrícolas e bovinos. Produtor rural, Zé Teixeira (DEM) disse que desde quando foi criado o Fundersul, foi a favor, mesmo que na época tenha perdido vários amigos no setor produtivo. "Não podemos colocar nas costas dos produtores a carga de impostos, mas ele (Fundersul) ainda é necessário", disse o democrata.

Comparação - Para defender sua posição, o deputado João Henrique Catan (PL) citou que existem segmentos que estão sem a interferência do poder público e por isso estão em plena ascensão. "Como não tem amarras e carga (tributária) a Uber por exemplo cresceu e deixou para trás o antigo segmento, que agora está tendo que se modernizar para poder concorrer".

Faceiro - Em meio ao clima tumultuado na sessão desta quarta-feira, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi era só sorrisos. Advogado, ele contou que estava no Tribunal de Justiça, na vizinhança, e resolveu dar passada para ver o movimento na Casa de Leis. 

Churras chique - Depois de castanha e amendoim regados a água saborizada, os convidados para a cerimônia que marcou a retomada da termelétrica William Arjona se deleitaram com um churrasco gourmetizado para o almoço. 

Cortes - O cardápio vasto teve bife ancho, chorizo, chuck beef, picanha e até linguiça de Maracaju. Para acompanhar, chope ou refrigerante. Autoridades como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), secretários de Estado, Eduardo Riedel e Jaime Verruck, além do diretor-presidente da MSGás, Rudel Trindade, e executivos da Delta Energia - que assumiu a usina -, não dispensaram a “boquinha”

Fake – Imagem que circula pelas redes sociais e grupos de Whatsapp pede que “vítimas diretas e indiretas” do grupo criminoso investigado pela Operação Omertà façam denúncias à Garras, Gaeco e Batalhão de Choque da Polícia Militar. As unidades foram responsáveis pelas prisões e buscas no dia 27 de setembro. A “campanha virtual”, porém, não é reconhecida nem pela Polícia Civil nem pela PM nem pelo Ministério Público.

Aleatório – A coluna apurou que o material “surgiu” na internet e passou a ser compartilhado. Deacordo com o Gaeco, responsável pela acusação contra os envolvidos no grupo de exterminío, o caminho para apresentar denúncias é o site do órgão e ainda o telefone 127.

Procura-se – O que continua valendo é a promessa de recompensa para quem fornecer informações do paradeiro de José Moreira Freires e Juanil Miranda Lima, apontados como assassinos de aluguel do grupo criminoso. Os dois estão foragidos, com prisão preventiva decretada.

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