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Você doaria "uma munição" para as vítimas do Rio Grande do Sul?

Por Anahi Zurutuza e Fernanda Palheta | 09/05/2024 06:00
Enchente em Porto Alegre, uma das cidades atingidas no Rio Grande do Sul. (Foto: Agência Brasil)
Enchente em Porto Alegre, uma das cidades atingidas no Rio Grande do Sul. (Foto: Agência Brasil)

Bala na agulha – Até na hora da catástrofe o time que adora armas carregadas coloca um dos símbolos em evidência. Em busca de donativos para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, campanha do grupo armamentista “Pró-Armas”, que começou em Mato Grosso do Sul, estabelece como parâmetro para a doação o valor de um tiro. Para quem quiser mandar Pix, a recomendação é depositar o que gastaria com uma munição simples: R$ 7.

De volta – O ex-secretário de Educação de Sidrolândia, Rafael Rodrigues, está de volta às redes sociais depois de ser alvo da Operação Tromper. Ele teve os planos frustrados pela ação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção, dois dias antes de lançar a pré-candidatura a vereador da cidade pelo PSDB. Rafael havia publicado um “save the date” para o dia 5 de abril, mas acabou sendo alvo de mandado de busca e apreensão no dia 3.

Firme e forte - Ele, contudo, retomou campanha velada na segunda-feira (6), publicando foto de quando se filiou ao partido, acompanhada de frase bíblica que se tornou famosa recentemente em letra de música gospel. “Seja forte e corajoso”, legendou, completando: “sigo firme em Deus, convicto da minha vontade de trabalhar ainda mais por Sidrolândia”.

Campanha – Já contando com vaga no TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), o deputado estadual Márcio Fernandes (MDB) iniciou “campanha” pelos corredores da Assembleia Legislativa para ser o nome indicado pela casa ao cargo de conselheiro. O parlamentar conversou com colegas e espera o apoio de pelo menos 15, caso haja disputa.

Vaga – Na próxima semana, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) retoma julgamento de processo contra Ronaldo Chadid. Se denúncia for acatada, o conselheiro que foi alvo da Operação Mineração de Ouro vira réu. Como está afastado do cargo desde 8 de dezembro de 2022, cogita-se nos bastidores que a condição o faça perder o cargo e, então, será a vez da Assembleia indicar nome para a vaga. Além de Marcio Fernandes, o ex-presidente da Alems, o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) também é cotado, embora não comente o assunto.

Placar – Fato que é o emedebista, pelo que a coluna apurou, é o único que começou a articular os apoios. Embora Márcio Fernandes já acredite em 15 votos, somente dois deputados com quem a reportagem conversou disseram “sim” ao nome do colega sem titubear – Roberto Hashioka (União) e Rinaldo Modesto (Podemos). Outros deputados preferem não se comprometer por enquanto, apesar de ressaltem a experiência de 5 mandatos do parlamentar que quer virar conselheiro.

Ofendido - Agente tributário, o deputado estadual Paulo Duarte (PSB) usou a tribuna na sessão ordinária desta quarta-feira (8) para apresentar dados e defender tecnicamente os incentivos ficais concedidos pelo Governo do Estado. Foi uma reação, após se sentir "indiretamente ofendido" com a fala do colega, deputado João Henrique Catan (PL), que disse que os benefícios são "antro de corrupção".

Revolta - Duarte ainda lembrou de outro “absurdo” dito pelo colega. Durante lançamento do programa "Baixar Imposto para Fazer Dar Certo", no dia 29 de abril, os deputados teriam sido chamados por Catan de "macacas de auditório". "Não tenho político como ídolo, não estava lá para bater palma, político é um servidor público temporário, ídolo é o meu pai", disse Paulo Duarte.

Fake News - No fim da sessão, com o plenário praticamente vazio, Catan subiu no plenário para falar sobre o assunto. Ele afirmou que nunca chamou os colegas de macacas de auditório e se enrolou na explicação da etimologia do termo. "No sentido oposto, macacas de auditório é a etimologia daquele da expressão 'fulando está com a macaca', não fale com fulano porque ele está com a macaca'", tentou explicar.

Fora do plenário - As provocações entre os dois deputados continuaram fora do plenário, ao sair da sessão, Catan desafiou Duarte a encontrar uma prova de que teria ofendido o colega e disse que até daria "um beijo na boca", do colega se encontrasse. Duarte respondeu que não tinha interesse e garantiu que o parlamentar terá uma surpresa hoje.

(*) Coluna editada às 15h04 do dia 13 de maio para correção de informação.

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