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Artes

Com desenhos, grupo chama atenção ao que pode desaparecer

Integrantes do Urban Sketchers reuniram 108 artes de monumentos campo-grandenses e criaram uma coletânea

Por Aletheya Alves | 10/01/2025 07:08
Com desenhos, grupo chama atenção ao que pode desaparecer
Monumento em homenagem à imigração japonesa integra o catálogo. (Foto: Divulgação/Urban Sketchers)

Desde o Bioparque Pantanal até a fonte da Praça Ary Coelho e as construções da comunidade Tia Eva, uma série de locais importantes são desenhados pelos integrantes do Urban Sketchers. Formado por pessoas de várias profissões, o grupo se reúne em frente a monumentos da cidade para conversar, discutir e, no fim das contas, chamar atenção para cenários que fazem diferença em Campo Grande.

Focando também em monumentos e construções que podem desaparecer, os desenhos são uma forma de gritar “atenção, isso é importante”. E, com tanto já feito, o grupo criou uma coletânea com 108 desenhos de vários pontos da cidade.

Explicando melhor sobre o projeto, a arquiteta e urbanista Beatriz Meneghini destaca que a ida do grupo aos locais e a publicação do catálogo também tem relevância para a preservação de Campo Grande. Isso porque os locais escolhidos a serem retratados podem ser bens tombados, não tombados e que tem importância, que serão descaracterizados ou demolidos e que estão em evidência.

“O grupo Urban Sketchers promove a prática do desenho urbano e divulgação de ilustrações e desenhos locais. Conecta as pessoas que gostam de desenhar, contribuindo para a preservação do patrimônio histórico”, introduz Beatriz.

Com desenhos, grupo chama atenção ao que pode desaparecer
Bioparque Pantanal recebeu a visita do grupo de ilustradores. (Foto: Divulgação/Urban Sketchers)

Criado em 2007 nos Estados Unidos, o grupo possui ramos em 50 cidades do mundo, incluindo Campo Grande. Em geral, há tanto profissionais quanto estudantes empenhados nos encontros. “Promove a amizade entre pessoas com diferentes profissões e idades. Mostra as cidades para o mundo através da divulgação dos desenhos postados nas redes sociais”

Olhando para a prática, os desenhos precisam ser realizados nos locais e ser fiéis ao que está sendo observado. Em geral, as técnicas usadas são diversas, mas Beatriz pontua que a mais comum é a aquarela.

Em Campo Grande, 95 pessoas participam do grupo de WhatsApp, mas a ida aos locais empenha um público melhor. E, com os interessados que frequentaram os encontros nos últimos anos, surgiu a coletânea.

Com desenhos, grupo chama atenção ao que pode desaparecer
Comunidade Tia Eva sob olhar de um dos artistas. (Foto: Divulgação/Urban Sketchers)

“O livro mostra a cidade de Campo Grande através de desenhos. A impressão do livro é uma realização do Instituto de Arquitetos do Brasil/MS e tem patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de MS, além de alguns parceiros”.

Ao todo, o livro guarda os resultados de 75 encontros, incluindo Morada dos Baís, Esplanada Ferroviária, Relógio da 14, Aldeia Urbana Marçal de Souza e outros. No fim das contas, são 66 obras de 24 artistas com idades de 8 a 80 anos.

Para quem se interessar, o lançamento do livro será no dia 28 de janeiro, às 19h, na Casa de Cultura de Campo Grande com distribuição gratuita.

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