Maior boato em distrito é que “Zé Descamisado” será galã de Pantanal
Em Piraputanga, povo espalhou que “o novo galã” é o homem que se recusa a usar camisa, e ele se diverte
“Zé Descamisado”, como é conhecido o artesão José Genaro, de 64 anos, é uma figura de Piraputanga, distrito de Aquidauana e distante 122 quilômetros de Campo Grande.
Agora, o boato e a chacota da região é que Zé é o mais novo “galã” do remake de Pantanal, produção feita pela Globo e em partes gravada nas fazendas sul-mato-grossenses. Zé entra na brincadeira. “Quando me perguntam, eu falo até que estou pintando meu cabelo para aparecer novela”, diverte-se.
O porquê de sempre andar sem camisa, nem mesmo nas temperaturas mais gélidas, Zé já contou aqui no Lado B. “Sem camisa é pobre, descamisado é empresário”, explica.
A brincadeira com a participação na trama foi por causa de uns serviços que pediram para ele fazer em algumas granjas na região, aparentemente, a serviço da produção. “Aí, ficam falando por aí que eu vou estar na novela”, detalha.
Dos 64 anos de idade, viveu 63 em Piraputanga e trabalha com artesanato e marcenaria. O cabelo pintado com qual se diverte é, na verdade, devido à coloração das madeiras de reaproveitamento de ipês amarelos, que acabam passando para o cabelo durante os serviços.
Enquanto a estreia na Globo não vem, Zé passa maior parte do tempo em casa, que também é sua oficina. O local é repleto de itens antigos, fabricados pelas mãos dele. “Quase não tenho nenhum instrumento meu aqui, porque vendi tudo, mas já fiz tudo quanto é coisa”, reforça.
Brincalhão, não perde uma oportunidade de se divertir, especialmente com os famosos. “O Alexandre Pires, aquele exibido, apareceu no Faustão falando que sabe tocar 14 instrumentos. A pois eu fabrico e depois toco os 14, quero ver ele conseguir”, desafia.
A pedido do Lado B, entoou até uma palinha com o sobrinho, tocando uma peça de fabricação própria, um tambor feito de cano de esgoto e envernizado para parecer madeira. “Aqui, eu toco de tudo, violão, órgão, até aquele palitinho de maestro. Só não canto, porque senão Roberto Carlos estava ferrado na minha mão”, acrescenta.
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