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Comportamento

Para amigos, Gustavo transformava vidas com acolhimento e amor

Herdeiro do grupo Pereira faleceu nesta quarta e deixa lição humanidade para quem conviveu com ele

Por Natália Olliver | 10/08/2025 07:50
Para amigos, Gustavo transformava vidas com acolhimento e amor
Amigos contam que Gustavo Barwinski deixou legado de amor, afeto e compreensão (Foto: Arquivo pessoal)

“Fica tudo dele, mas acima de tudo o amor e a cura, porque ele era isso”, diz uma das amigas de Gustavo Barwinski Pereira. Na capela, diversas coroas de flores se acumulam e mostram o carinho que todos sentiam por ele. Neste sábado, familiares e amigos se despediram, anestesiados, de Gustavo.

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Amigos e familiares lamentaram a morte repentina de Gustavo Barwinski Pereira, aos 39 anos, vítima de uma parada cardíaca. Filho de Humberto Pereira, fundador da Rede Comper, Gustavo era conhecido pelo seu acolhimento e amor ao próximo. Sua influência inspirou o Grupo Pereira a ser pioneiro na contratação de pessoas com deficiência, promovendo a inclusão em um período de pouca discussão sobre o tema. Descrito como uma pessoa cativante e empática, Gustavo deixou um legado de amor e cura. Amigos próximos destacaram sua capacidade de se conectar com as pessoas, sua paixão pela música e seu dom da palavra. Sua influência transformou vidas, inspirando carreiras e promovendo a inclusão. A família, abalada pela perda, solicitou que, em vez de coroas de flores, doações fossem direcionadas ao Asilo São João Bosco em homenagem a Gustavo.

A morte foi repentina, aos 39 anos. Ele teve uma parada cardíaca em casa e não resistiu. Filho de Humberto Pereira, dono da Rede Comper, Gustavo foi descrito como alguém que sabia cativar as pessoas e fazia questão de que todas se sentissem acolhidas.

Conhecido como Gu, ele inspirou o pai a abraçar a causa das pessoas com deficiência. Por influência dele, o Grupo Pereira foi um dos pioneiros a contratar trabalhadores PCDs, em uma época em que o tema ainda era pouco debatido e muito menos havia inclusão.

Sem espaço e sem condições emocionais para grandes relatos, alguns amigos contam resumidamente o porquê ele era tão amado. Silvia Emboava, de 62 anos, foi uma delas. Ela explica que conhecia Gustavo desde que a filha tinha cinco anos e que eles estudaram juntos.

“Ele sempre agradava a todos. Para cada um, ele chegava de um jeito, quase adivinhando os sentimentos. Tinha muita empatia, amor no coração. E uma intelectualidade forte, principalmente para a música”, disse. A médica também conta que, uma vez, Gustavo até chegou a fazer uma rádio na escola onde estudava. “Ele tinha essa vocação, adorava música.”

Para amigos, Gustavo transformava vidas com acolhimento e amor
Herdeiro da rede Comper faleceu nesta quarta devido a um infarto (Foto: Arquivo pessoal)

Uma das amigas, que não quis ser identificada, revelou que cuidou dele desde o primeiro ano de vida e que Gustavo era como um filho. “Fica tudo dele, mas, acima de tudo, o amor de cura. Ele tinha o dom da palavra e o dom de cura. Quem viveu e pôde experimentar um pouco desse amor se transformava. Foi ele que me apresentou, sem querer, à fonoaudiologia. Hoje sou fonoaudióloga de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).”

A família preferiu não falar com o Lado B neste momento. Tainá Jara, outra amiga de Gustavo, relembra os tempos de escola. Os dois passaram grande parte da adolescência juntos.

“Estudamos juntos no ensino médio. Era muito bacana porque foi das primeiras turmas a ser inclusiva. A gente se conheceu lá. Tínhamos um grupo e a gente fazia tudo junto. Gustavo era uma pessoa muito carinhosa, meiga e gostava muito de festa. Amava um pagode e empurrava a gente sempre.”

Tainá completa que Gustavo era uma pessoa que gostava de estar rodeada de amigos e da família. “Acho que fica uma lição de humanidade. Ele não fazia distinção entre as pessoas, acolhia. Ele é a síntese de uma pessoa boa.”

Apesar das flores no local, a família pediu que as homenagens a Gustavo, feitas por meio de coroas fossem convertidas em doações ao Asilo São João Bosco.

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