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Consumo

Anvisa proíbe suplementos e energéticos com ozônio por risco à saúde

Produtos da empresa OZT prometiam melhorar digestão, fígado e coração

Por Ângela Kempfer | 06/11/2025 16:54
Anvisa proíbe suplementos e energéticos com ozônio por risco à saúde
Produto contêm ozônio, um gás que não tem comprovação de segurança (Foto: Divulgação)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu a fabricação, venda, distribuição, propaganda e uso de todos os suplementos alimentares e bebidas energéticas produzidos pela empresa OZT Comércio Atacadista Especializado em Produtos Ozonizados.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, comercialização e uso de suplementos alimentares e bebidas energéticas da empresa OZT Comércio Atacadista. Os produtos, que continham ozônio, eram divulgados como auxiliares para digestão, fígado, olhos e coração. A medida foi tomada porque o ozônio não possui comprovação de segurança nem autorização para uso em alimentos. No Brasil, seu uso é permitido apenas como desinfetante no tratamento de água. Em ação similar, a Anvisa já havia proibido 69 cosméticos capilares da marca Ozonteck no mês anterior.

Esses produtos eram divulgados como suplementos voltados para melhorar a digestão, o funcionamento do fígado, dos olhos e do coração, além de estimular a disposição e a energia, funções típicas de suplementos nutricionais e energéticos. No entanto, segundo a Anvisa, eles contêm ozônio, um gás que não tem comprovação de segurança nem autorização para uso em alimentos ou bebidas.

Atualmente, o ozônio só é permitido no Brasil como agente de desinfecção no tratamento de água. Fora dessa aplicação, o uso é considerado irregular.

A agência determinou também a apreensão dos produtos, por apresentarem alegações terapêuticas e funcionais não aprovadas, como prometer benefícios para órgãos específicos do corpo.

A Anvisa reforça que suplementos alimentares devem atuar apenas como complemento da dieta, oferecendo nutrientes com funções metabólicas conhecidas e seguras. Qualquer produto que prometa efeitos de cura, tratamento ou prevenção de doenças é considerado medicamento, e precisa de comprovação científica e registro específico.

No mês passado, a agência já havia proibido 69 cosméticos capilares à base de ozônio da marca Ozonteck, porque, embora registrados como cosméticos, eram anunciados como se tivessem efeito farmacológico, o que é ilegal para essa categoria.