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Diversão

O caminho dos dinossauros e “homens das cavernas” em MS

Após recente descoberta de pegadas de dinossauros em Nioaque, veja outros locais de MS para viajar ao passado

Lucas Mamédio | 25/05/2021 06:15
Pegada de dinossauro identificada por pesquisadores em MS (Foto: Rafael Costa da Silva / Museu de Ciências da Terra)
Pegada de dinossauro identificada por pesquisadores em MS (Foto: Rafael Costa da Silva / Museu de Ciências da Terra)

Uma descoberta recente de pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontou novas pegadas fósseis de dinossauros em Nioaque, a 183 km de Campo Grande.

Segundo o estudo, foram também coletados fósseis de um pequeno invertebrado a partir de uma paleotoca, descrita como uma espécie de toca cavada por animais extintos que viviam em parte em abrigos subterrâneos.

De acordo o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão do Iphan (Instituto do Patrimôbio Histótico e Artístico Nacional), exitem 409 bens arqueológicos, ou sítios arqueológicos, registrados em Mato Grosso do Sul.  A plataforma SICG aponta com exatidão no mapa do estado onde o bem arqueológico foi registrado e ainda apresenta algumas informações sobre ele.

Em meio a tantas possibilidades, o Lado B aproveitou a recente descoberta para listar algumas alternativas de visitação em Mato Grosso do Sul que nos leve ao encontro desses ancestrais.

Confira as principais:

Nioaque/Vale dos Dinossauros

Uma reprodução do Abelissauro com seus filhotes está na entrada do Vale Dos Dinossauros (Foto: Secretaria de Turismo/Divulgação)
Uma reprodução do Abelissauro com seus filhotes está na entrada do Vale Dos Dinossauros (Foto: Secretaria de Turismo/Divulgação)

Ainda em Nioaque, como não podia ser diferente, o Vale dos Dinossauros é uma boa alternativa de passeio integrada com outros destinos localizados na mesma região.

A cidade de 14 mil habitantes tem 170 anos de fundação e flerta com o período jurássico desde 2015, quando uma equipe de paleontólogos da mesma Universidade Federal do Rio de Janeiro, da última descoberta, anunciou a comprovação científica de pegadas de dinossauros na região, uma descoberta que teve os primeiros registros na década de 1980.

O anúncio motivou a prefeitura a construir um monumento em homenagem aos dinossauros, inaugurado em abril de 2015, e lançar um plano de marketing denominando a cidade como Vale dos Dinossauros.

Apenas 3 km separam o centro da cidade até os rastros fossilizados dos gigantescos animais extintos há 65 milhões de anos.

Acontece que o sítio paleontológico fica em uma propriedade particular, a Fazenda Minuano, e para ter acesso só com autorização do proprietário. Por isso, a melhor coisa a fazer antes de pegar a estrada é entrar em contato com a prefeitura pelo telefone (67) 3236-1011 e se programar.

Bonito/Gruta de São Mateus

Gruta de São Mateus fica em Bonito e conta com auxílio de empresas para o acesso (Foto: BonitoTour)
Gruta de São Mateus fica em Bonito e conta com auxílio de empresas para o acesso (Foto: BonitoTour)

Situada na região de Bonito, a 296 km de Campo Grande, a Gruta de São Mateus, a exemplo da sua quase vizinha, Gruta de São Miguel, é uma viagem histórica. Vista como uma espécie de museu natural, a gruta abriga, de fato, o Museu Kadiwéu, que apresenta um acervo de utensílios e peças de moradores antigos que habitaram a região sul-mato-grossense. O percurso para chegar lá, desde o ar livre, é curto – são 320 metros de trilha. O local é uma verdadeira obra de arte da natureza, com formações como estalactites, estalagmites, coraloides e travertinos. Destaca-se uma estalagmite que tem o formato da Torre de Pisa.

A visita à Gruta de São Mateu é guiada e pode ser feita por mais de uma empresa em Bonito. Em uma pesquisa na internet, é possível encontrar preços que variam de R$ 50 a R$ 70 reais, dependendo da época do ano.

Alcinópolis

Pintura rupestre no Parque Natural Municipal Templo dos Pilares (Foto: Fabio Pellegrini)
Pintura rupestre no Parque Natural Municipal Templo dos Pilares (Foto: Fabio Pellegrini)

Alcinópolis é um caso à parte quando se fala em pinturas rupestres. Até por isso é considerada a capital da arte rupestre no Mato Grosso do Sul. A cidade tem como atrações inúmeras grutas, cânions, pinturas rupestres, animais silvestres e paisagens exuberantes.

Distante 364 km de Campo Grande, visitantes de vários estados do país e de cidades do exterior têm visitado as belezas naturais do local.

A Rota Arqueológica de Alcinópolis é um roteiro que integra três sítios arqueológicos  e um parque, também com pinturas rupestres:

Sítio Arqueológico Serra do Barro Branco - Possui nascentes nos entornos, cavernas com inscrições de milhares de anos atrás, paisagens naturais, além de uma enorme riqueza vegetal. Uma das atrações é a observação de aves raras. Fica a nove quilômetros de Alcinópolis.

Sítio Arqueológico Gruta do Pitoco - localizada a 12 quilômetros de Alcinópolis, a Gruta do Pitoco é conhecida por ter misteriosas passagens subterrâneas que levam a várias pinturas rupestres. Vestígios dos antigos habitantes, que datam de até 11 mil anos, estão em vários cantos da serra ao redor.

Sítio Arqueológico Arco de Pedra - Rico em inscrições de baixo relevo, o Arco de Pedra fica a 14 quilômetros de Alcinópolis. Entre as atrações estão pés esculpidos nas paredes e mensagens ainda não decifradas deixadas pelo homem pré-histórico.

Parque Natural Municipal Templo dos Pilares - Trata-se de mais um Sítio Arqueológico do município, com inúmeras inscrições rupestres (pinturas e inscrições de baixo relevo) que datam de dois mil a 11 mil anos. Fica a 40 quilômetros da cidade. Considerado um dos mais belos sítios arqueológicos de Mato Grosso do Sul, estudos apontam presença humana no local entre 7 e 10 mil anos atrás.

As visitas em grupo se dão por meio de agendamento através de operadoras e agências credenciadas. Mais informações podem ser obtidas no Departamento de Turismo da Prefeitura de Alcinópolis pelo telefone (67) 3260-1739 ou neste link.  Horário de expediente é das 7 às 11 horas e das 13 às 17 horas.

Rio Verde/Fazenda Igrejinha

Desenhos rupestres encontrados na fazenda em Rio Verde (Foto: Divulgação/Fazenda Igrejinha)
Desenhos rupestres encontrados na fazenda em Rio Verde (Foto: Divulgação/Fazenda Igrejinha)
Fazenda também tem mirante para contemplar a beleza de planície pantaneira. (Foto: Rafinha Arruda)
Fazenda também tem mirante para contemplar a beleza de planície pantaneira. (Foto: Rafinha Arruda)

O nome da fazenda surgiu em homenagem ao relevo do local, um morro com pilares altos, que lembram uma catedral gótica. A Igrejinha mantém o estilo imponente, mas longe de ser medieval. Ali, no pequeno paraíso, distante 207 quilômetros de Campo Grande, na cidade de Rio Verde, os visitantes têm a oportunidade de contemplar a beleza do Planalto Central com a Planície Pantaneira.

Dos 800 hectares da propriedade, 200 são destinados ao ecoturismo, com atividades de rapel, trilha e contemplação de desenhos rupestres. Os desenhos rupestres têm em média de 4,5 mil a 6 mil anos.

Reservas são feitas pelos celulares (67) 99957-7375 (67) 99603-6952.

Geopark Bodoquena-Pantanal 

Geopark Bodoquena-Pantanal está localizado na parte amarela do mapa (Foto: Governo do Estado MS)
Geopark Bodoquena-Pantanal está localizado na parte amarela do mapa (Foto: Governo do Estado MS)

Muitos desses locais descritos localizam-se no Geopark Bodoquena-Pantanal. Essa região possui uma área de 39 000 km2, 400 mil habitantes e inclui os municípios de Anastácio, Aquidauana, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Caracol, Corumbá, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Ladário, Miranda, Nioaque e Porto Murtinho. O Geopark abrange a serra de Bodoquena até Corumbá, incluindo áreas do Pantanal do Jacadigo-Nabileque, Maciço Urucum (cuja silhueta inspirou o logo do Geopark) e uma parte da Serra de Maracaju e conta com vários locais com sitio arqueológicos.

Para saber onde estão e como visitá-los, você pode acessar página do Geopark.

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