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Lado Rural

Projeto em Aquidauana aposta em sistema natural para tratar esgoto rural

Tecnologia simula o funcionamento de pântanos e pode reduzir os gastos da pecuária.

Por Kamila Alcântara | 22/09/2025 17:21
Projeto em Aquidauana aposta em sistema natural para tratar esgoto rural
Equipamento de Estação Total, usado no processo de mapeamento do solo para o projeto (Foto: Divulgação)

A pecuária, uma das principais atividades econômicas de Mato Grosso do Sul, ganhou um reforço aliado da ciência. A UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e a Ambiental MS Pantanal iniciaram, em Aquidauana, um projeto de tratamento de esgoto que pode mudar a forma como as fazendas lidam com os resíduos.

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A UEMS e a Ambiental MS Pantanal desenvolvem em Aquidauana um projeto inovador de tratamento de esgoto rural utilizando o sistema wetland construído, que funciona como um pântano artificial. O método utiliza plantas e solo especialmente preparados para filtrar água residual, reproduzindo processos naturais de purificação.O projeto, em fase de testes na Fazenda Experimental do Pantanal Tech MS, visa demonstrar a viabilidade de conciliar pecuária e preservação ambiental. Além de proteger o Rio Aquidauana, vital para o Pantanal, o sistema permite o reaproveitamento da água tratada na irrigação de pastagens, reduzindo custos operacionais.

O sistema, chamado de wetland construído, funciona como um “pântano artificial”: um espaço com plantas e solo preparados para filtrar a água suja, reproduzindo o que acontece em áreas úmidas naturais. O resultado é a purificação do esgoto de forma barata e eficiente. Depois de tratado, o líquido pode ser usado para irrigar pastagens, reduzindo custos e evitando desperdício.

Para o gerente da UEMS em Aquidauana, professor Thiago Pasquetti, o ganho vai além da economia. “Esse tipo de tratamento ajuda a proteger o rio Aquidauana, que é vital para o Pantanal. Evita a contaminação e ainda garante reaproveitamento da água”, afirmou.

O projeto está em teste na Fazenda Experimental do Pantanal Tech MS, da UEMS. A ideia é transformar o espaço em vitrine de boas práticas, mostrando que é possível conciliar pecuária e preservação ambiental.

Se der certo, o modelo pode ser replicado em outras propriedades do Estado, ajudando a manter os rios limpos e a reduzir os gastos com água.

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