Rebanho bovino de MS registra queda, mas Corumbá segue como 2ª no País
Estado atingiu 18,7 milhões de cabeças em 2024 e se manteve entre os cinco maiores rebanhos do Brasil
O efetivo bovino em Mato Grosso do Sul apresentou uma queda de 0,8% em 2024, totalizando 18.744.820 cabeças, segundo dados da PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal) divulgada nesta quarta-feira (18) pelo IBGE. O resultado representa um retorno à tendência de retração observada no estado entre 2016 e 2022, após o pico registrado em 2015, quando o rebanho chegou a 21,3 milhões de cabeças.
RESUMO
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Rebanho bovino de MS cai 0,8% em 2024, mas Corumbá segue com o 2º maior do país. O estado mantém o 5º maior rebanho nacional, com 18,7 milhões de cabeças, segundo o IBGE. A pesquisa revela queda no efetivo, após alta em 2023, retomando tendência de retração vista entre 2016 e 2022. Apesar da redução, MS concentra 7,9% do gado brasileiro, atrás de MT, líder com 32,9 milhões. Corumbá se destaca com 2,2 milhões de animais, 2º maior rebanho municipal do Brasil. O abate nacional atingiu recorde em 2024, com aumento no abate de fêmeas e animais jovens, visando carne de maior qualidade. A PPM do IBGE aponta declínio gradual no rebanho de MS nos últimos anos, refletindo ajustes de mercado e mudanças no setor.
Apesar da diminuição, Mato Grosso do Sul mantém o quinto maior rebanho do país, com 7,9% do total nacional, atrás do vizinho Mato Grosso, que lidera com 32,9 milhões de bovinos (13,8% do efetivo nacional). O levantamento do IBGE também mostra que o rebanho nacional recuou 0,2% em 2024, embora a produção de carne tenha atingido o segundo maior valor da série histórica, perdendo apenas para o recorde de 2023.
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A pesquisa indica que o abate de bovinos em 2024 atingiu 39,7 milhões de cabeças sob inspeção sanitária, o maior volume já registrado no país. Um destaque é o aumento no abate de fêmeas e de animais mais jovens, como novilhas, reforçando a tendência de renovação do rebanho e de produção voltada para carne de maior padrão de qualidade.
No cenário municipal, Corumbá mantém-se com o segundo maior rebanho do Brasil, contabilizando 2,2 milhões de cabeças, o equivalente a 11,7% do efetivo estadual. Outros municípios sul-mato-grossenses também aparecem entre os maiores do país: Aquidauana (11º), Ribas do Rio Pardo (14º) e Porto Murtinho (23º). No ranking nacional, o município que lidera o efetivo bovino é São Félix do Xingu (Pará), com 2,5 milhões de animais, correspondendo a 10% do rebanho paraense.
O histórico do rebanho de Mato Grosso do Sul revela uma trajetória de declínio gradual nos últimos anos. Em 2013, o estado possuía 21 milhões de cabeças, ocupando a quarta posição nacional, mas perdeu a colocação em 2019 e desde então se mantém na quinta posição. Entre 2013 e 2024, o rebanho sul-mato-grossense caiu mais de 2 milhões de cabeças, refletindo ajustes de mercado, mudanças na área de pastagens e outros fatores econômicos e ambientais. (veja tabela abaixo)
A PPM do IBGE é considerada a principal fonte de estatísticas sobre a pecuária brasileira, oferecendo dados sobre efetivos animais, produção de origem animal e valores econômicos gerados pelo setor. A pesquisa é baseada em consultas a produtores, técnicos, entidades públicas e privadas, além de órgãos ligados à produção, comercialização e fiscalização da agropecuária.