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Lado Rural

Sinais da vaca ajudam e melhorar o manejo dos bovinos leiteiros

Boa alimentação, oferta de água, conforto, espaço, sanidade e higiene são avaliados de maneira integrada

Por José Roberto dos Santos | 16/12/2024 15:47
Rebanho leiteiro de animais da raça gir e girolando criados a pasto em propriedade rural. (Foto: Arquivo/Embrapa)
Rebanho leiteiro de animais da raça gir e girolando criados a pasto em propriedade rural. (Foto: Arquivo/Embrapa)

O método cowsignals (sinais da vaca), desenvolvida na Holanda, está oferecendo uma nova abordagem no manejo de bovinos de leite no Brasil ao integrar ciência e observação prática. Baseado na análise de seis parâmetros fundamentais – espaço, ventilação, iluminação, alimentação, água e conforto – o método busca aprimorar o bem-estar e a produtividade dos animais.

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O método cowsignals, originado na Holanda, propõe uma nova abordagem para o manejo de bovinos de leite no Brasil, focando na integração entre ciência e observação prática. Ele analisa seis parâmetros essenciais: espaço, ventilação, iluminação, alimentação, água e conforto, visando melhorar o bem-estar e a produtividade dos animais. Segundo especialistas, o manejo e o ambiente influenciam de 70 a 75% da performance animal, destacando a importância de condições adequadas para maximizar a produção. O método também considera sinais emitidos pelos animais, como o estado de enchimento ruminal e comportamento, para ajustar práticas de manejo e promover uma pecuária mais sustentável e eficiente.

“O manejo e o meio ambiente são responsáveis por cerca de 70 a 75% da performance animal, enquanto a genética contribui com 25 a 30%. Essa porcentagem exemplifica a importância de oferecer condições adequadas para maximizar o potencial produtivo, seja em bovinos de leite ou de corte. A metodologia científica permite identificar gargalos no manejo e no ambiente que impactam diretamente a saúde e a produtividade dos animais. Diversos aspectos, como alimentação de qualidade, oferta de água, conforto, espaço, sanidade e higiene, são avaliados de maneira integrada”, explica Wiliam Tabchoury, engenheiro agrônomo e gerente de bovinos de indústria de nutrição.

O especialista reforça que a saúde e o bem-estar da vaca também podem ser avaliados pelos sinais emitidos por ela no dia a dia. Um exemplo é o estado de enchimento ruminal, que indica se ela se alimentou bem nas últimas 24 horas.

A caixa torácica cheia sinaliza boa alimentação na última semana, enquanto o estado corporal adequado reflete nutrição consistente nos últimos 30 a 60 dias. Outros sinais observados incluem claudicação, lesões, higiene e comportamento, como o tempo em que o animal passa deitado.

“Esses parâmetros nos ajudam a ajustar o manejo e o ambiente, garantindo que os animais expressem seu máximo potencial produtivo. A adoção do método "sinais da vaca" vem ganhando espaço no Brasil, mostrando que a combinação entre ciência e práticas de manejo podem revolucionar a pecuária, promovendo sustentabilidade e eficiência na produção”, comenta o engenheiro agrônomo.

Pecuária leiteira em MS

Atualmente, o Estado tem 12 mil produtores de leite, aproximadamente, que fornecem mais de 90% do leite para as indústrias do Mato Grosso do Sul e parte para o Paraná e São Paulo. O MS apresenta três polos de produção de leite, localizados nas regiões leste, central e sul, com 30 municípios representando mais de 68% da produção do Estado.

A captação de leite no Estado, janeiro a outubro de 2024, totalizou 138,9 milhões litros, foi 0,6% menor que o mesmo período de 2023, quando foram captados 139,8 milhões de litros de leite.

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