Governo lança operação com foco no flagrante contra incêndios no Pantanal
Força-tarefa integra tecnologia e ação rápida, além de 310 policiais e 26 subunidades no Estado
O governo estadual deu início à Operação Focus 2025, uma força-tarefa voltada ao monitoramento, prevenção e combate aos focos de calor e incêndios florestais, com ênfase especial no Pantanal. A iniciativa une tecnologia de ponta, inteligência geoespacial e ação estratégica em campo, com a mobilização de 310 policiais militares ambientais, 54 viaturas e 26 subunidades distribuídas em pontos estratégicos no interior do Estado.
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O governo de Mato Grosso do Sul lançou a Operação Focus 2025, uma força-tarefa dedicada ao monitoramento e combate a incêndios florestais, com foco especial no Pantanal. A iniciativa conta com 310 policiais militares ambientais, 54 viaturas e 26 subunidades estrategicamente distribuídas pelo estado. A operação, que segue até 31 de dezembro, utiliza tecnologia de ponta e monitoramento via satélite 24 horas por dia, permitindo respostas rápidas aos focos de incêndio. Durante o período, ficam suspensas as queimas controladas em todo o estado, com prazos diferenciados para o Pantanal e demais regiões.
Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (4), a Polícia Militar Ambiental detalhou o funcionamento da operação, que será executada até 31 de dezembro deste ano em conjunto com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
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Segundo o capitão André Leonel, chefe de operações da PMA, a atuação será contínua, com monitoramento 24 horas e emissão de alertas em tempo real sobre pontos de ignição, como são chamados os locais com risco iminente ou presença de incêndios.
“Na prática, acontece o monitoramento diário via satélite, por meio das plataformas oficiais. O Imasul, com sua tecnologia, juntamente com a PMA, realiza a conferência diária desses relatórios, identificando os polígonos de queimadas. Esses polígonos são enviados em forma de relatórios com os locais e respectivas coordenadas, facilitando nossa chegada a campo para verificar se o incêndio já ocorreu”, explica.
Ainda segundo o capitão, o principal diferencial da operação é a agilidade no tempo de resposta, buscando atuar com o fogo ainda em curso para possibilitar o flagrante. Um dos principais objetivos é justamente conciliar a inovação tecnológica com a rapidez no atendimento dos focos de calor pela PMA.
“Nós temos 26 subunidades ativas que servem como postos avançados para atender essas demandas. A ideia é estabelecer um canal direto com o Imasul e com a seção de operações da PMA, para canalizar as denúncias e enviar o mais rápido possível as equipes de fiscalização. Assim, conseguimos aplicar as sanções cabíveis, lavrar autuações ou realizar o levantamento da cicatriz de queimadas, conforme os relatórios disponibilizados pelo Imasul e pela PMA”, afirmou.
Nesse cenário de operação, o flagrante é considerado essencial para garantir a responsabilização dos autores das queimadas no âmbito criminal e administrativo. "Esse é o principal desafio: responsabilizar quem, de maneira dolosa, provoca esses incêndios”, completa o capitão.
Durante todo o período, ficam suspensas a queima controlada e a queima prescrita em todo o território sul-mato-grossense. No Pantanal, a suspensão vai até 31 de dezembro; nas demais regiões, até 30 de novembro.
A medida é respaldada pela Resolução Conjunta SEMADESC/IMASUL nº 004/2025, que proíbe temporariamente a queima controlada durante o período de estiagem, contribuindo para a redução dos riscos ambientais.
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