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Meio Ambiente

Macaco-da-noite é resgatado após subir em poste e levar choque elétrico

Olhos arregalados são características da espécie, que tem hábitos noturnos e é nativa do Pantanal

Por Cassia Modena | 17/11/2025 09:38
Macaco-da-noite é resgatado após subir em poste e levar choque elétrico
Macaco-da-noite foi colocado dentro de caixa após ser vítima de choque (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Corumbá)

Um macaco-da-noite foi resgatado após sofrer um choque elétrico em um poste do Bairro Cravo Vermelho, na área urbana de Corumbá. Ele foi encontrado debilitado na tarde do último sábado (15).

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Um macaco-da-noite foi resgatado após sofrer choque elétrico em um poste no Bairro Cravo Vermelho, em Corumbá. O animal, encontrado debilitado no último sábado, apresentou queimaduras na mão direita e perna esquerda, sendo socorrido por moradores e levado ao Corpo de Bombeiros. A espécie Aotus infulatus, nativa do Pantanal e países vizinhos, é conhecida por seus hábitos noturnos e olhos adaptados à escuridão. Após avaliação veterinária pela Polícia Militar Ambiental, o primata deverá ser reintroduzido ao seu habitat natural.

Um morador levou o animal até um quartel do Corpo de Bombeiros. Ele relatou que o primata chegou a ficar desacordado por instantes após cair.

O macaco sofreu queimaduras na mão direita e na perna esquerda compatíveis com choque elétrico, segundo avaliação dos militares. Ele recebeu os primeiros cuidados e foi encaminhado para a PMA (Polícia Militar Ambiental). Depois que avaliação veterinária permitir, ele deverá ser solto e reintroduzido ao seu habitat.

Segundo destacou o Corpo de Bombeiros, a ocorrência é incomum, pois o animal é de difícil avistamento, embora nativo da região pantaneira de Corumbá.

Da noite - O primata pertence à espécie Aotus infulatus, nativa no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Chaco paraguaio e na Argentina e Bolívia.

Ele é conhecido como macaco-da-noite por ter hábitos noturnos. Uma de suas características marcantes são os olhos enormes e arregalados que enxergam bem no escuro, mas sem diferenciar cores. O animal é onívoro, mas se alimenta sobretudo de folhas, frutos e invertebrados.

De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (2016), o estado de conservação do primata é pouco preocupante. Algumas ameaça descritas pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) são o avanço da agricultura, pecuária, expansão urbana, desmatamento, incêndio e extração de minérios.

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