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Meio Ambiente

MPMS mapeia 357 propriedades para prevenir queimadas no Pantanal em 2025

Propriedades mapeadas farão parte de um plano de ação com fiscalização, orientação técnica e ações preventivas

Por Gabriela Couto | 02/07/2025 16:33
MPMS mapeia 357 propriedades para prevenir queimadas no Pantanal em 2025
Promotor Luciano Loubet analisa imagens com equipe (Foto: Divulgação)

Com foco na prevenção dos incêndios florestais no Pantanal, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) já identificou 357 propriedades consideradas prioritárias para ações em 2025.

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Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) mapeia 357 propriedades rurais com histórico de queimadas e baixa regeneração vegetal para ações preventivas contra incêndios florestais em 2025. A iniciativa visa evitar desastres ambientais como os de anos anteriores, com foco em áreas próximas a unidades de conservação. O plano inclui fiscalização, orientação técnica e medidas preventivas em parceria com UFMS, Lasa/UFRJ, órgãos ambientais e de segurança.O promotor Luciano Furtado Loubet, coordenador do Núcleo Ambiental do MPMS, destaca a importância da colaboração com proprietários rurais, considerando que a maioria dos incêndios se inicia em propriedades privadas. Em 2024, o Pantanal sul-mato-grossense registrou 234 incêndios, afetando 830 propriedades e queimando 1,74 milhão de hectares. O Programa Pantanal em Alerta, do MPMS, utiliza dados de satélite para alertar proprietários e brigadistas sobre focos de calor, incentivando planos de prevenção. O MPMS disponibiliza canais de denúncia para crimes ambientais e reforça a necessidade do uso racional da terra.

O mapeamento levou em conta critérios técnicos como histórico de queimadas, baixo potencial de regeneração da vegetação e proximidade de áreas protegidas. A meta é antecipar medidas antes do período de estiagem, evitando novos desastres ambientais como os registrados em anos anteriores.

As propriedades mapeadas farão parte de um plano de ação com fiscalização, orientação técnica e medidas preventivas. O trabalho será realizado com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa/UFRJ), e contará com a colaboração de diversos órgãos, como Semadesc, Sejusp, Corpo de Bombeiros, Ibama, Polícia Militar Ambiental, Defesa Civil e Instituto de Perícias Criminais.

O promotor de Justiça Luciano Furtado Loubet, coordenador do Núcleo Ambiental do MPMS, reforça a importância da atuação conjunta com o setor produtivo. “75% de tudo que queimou no Pantanal do Mato Grosso do Sul iniciou em propriedade privada. Isso demonstra que precisamos trabalhar em parceria com os proprietários para evitar esses incêndios”, afirmou.

MPMS mapeia 357 propriedades para prevenir queimadas no Pantanal em 2025
Incêndio em uma área próxima ao Rio Paraguai (Foto: Divulgação)

Números - De acordo com dados do Centro de Apoio do Meio Ambiente (Caoma), com base em análises do Núcleo de Geotecnologias (Nugeo), o Pantanal sul-mato-grossense registrou 234 incêndios em 2024, impactando 830 propriedades e resultando na queima de aproximadamente 1,74 milhão de hectares. Esses números refletem a gravidade da situação e reforçam a urgência de ações mais eficientes.

Para lidar com esse cenário, o Programa Pantanal em Alerta, coordenado pelo MPMS, se tornou um dos principais instrumentos de combate. O sistema usa dados de satélite do FIRMS/NASA para identificar focos de calor em tempo quase real. Sempre que um novo foco é detectado, alertas são enviados automaticamente por e-mail e SMS para proprietários rurais e brigadistas cadastrados, facilitando uma resposta rápida.

Além do monitoramento, o programa também incentiva a criação de planos de prevenção personalizados por propriedade, promovendo a corresponsabilidade na conservação do bioma.

MPMS mapeia 357 propriedades para prevenir queimadas no Pantanal em 2025
Equipe multidiscilinar analisa dados de satélite (Foto: Divulgação)

O promotor também alertou para os riscos da proposta de tarifa zero nos transportes públicos, fazendo uma analogia ao uso irracional de recursos.

“Quando você tem um medidor só para todos os apartamentos, o consumo é alto. Quando cada um paga sua parte, o uso é mais consciente. O mesmo vale para o território: é preciso pensar o uso da terra de forma racional”, afirmou.

Denuncie - O MPMS reforça que qualquer cidadão pode denunciar crimes ou irregularidades ambientais por meio da Ouvidoria, disponível no site do Ministério Público ou em órgãos parceiros. Todas as denúncias são avaliadas e podem resultar em investigações e medidas legais.

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