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Meio Ambiente

MS enfrenta umidade do ar tão baixa que pode levar à morte

A situação mais grave de baixa umidade foi registrada em Coxim com 8% de acordo com o Inmet

Por Gabriel de Matos | 07/11/2023 13:59
Campo Grande tem céu limpo sem nuvens nesta terça-feira com forte calor (Foto: Alex Machado) 
Campo Grande tem céu limpo sem nuvens nesta terça-feira com forte calor (Foto: Alex Machado)

Mato Grosso do Sul está com a vigência de dois alertas para baixa umidade relativa do ar nesta terça-feira (7). Os dois abrangem todos os 79 municípios. O aviso laranja que prevê índice entre 20% e 12% vale para a região central, sul, norte e leste. Esse termina às 18h30. Já o amarelo, com umidades entre 30% e 20%, vai até as 21h30. Ambos foram emitidos pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

A situação mais grave de baixa umidade aliado a alta temperatura foi registrada em Coxim, na região norte de Mato Grosso do Sul. A cidade foi a segunda pior em todo o Brasil com 8%, atrás apenas de Bom Jardim da Serra (SC), que teve 7%. Já a temperatura chegou a 40,7ºC.

Na lista das 20 menores umidades do ar, Mato Grosso do Sul aparece 11 vezes. Campo Grande chegou a 11%. Os valores de referência têm por base as últimas 24 horas, desde a tarde de segunda-feira (6).

Tempo com céu limpo na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Maluf)
Tempo com céu limpo na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Maluf)

O médico pneumologista Ronaldo Queiroz explicou que índices baixos de umidade relativa do ar podem levar à morte. "A umidade baixa é extremamente agressiva e pode levar danos nas vias aéreas superiores. Além do ar seco, vem com o poluentes. A narina por exemplo é para filtrar o ar que respira, esquentar e umidificar".

Sobre a situação de Coxim, o médico destacou que há risco para mudança nos batimentos do coração, aquecimento da cabeça e insolação que vem com tontura. "Pode dar alterações nas pessoas, no ritmo cardíaco, pressão e até desmaio".

Os pacientes que mais sofrem são as crianças e os idosos, ambos têm sistema imunológico fragilizado. "Em segundo lugar, quem sofre muito é quem tem doenças como asma, bronquite, rinite e alergias".

A orientação para quem sofre com o calor e baixa umidade do ar é a de evitar ambientes aglomerados, tomar muito líquido e evitar exposição direta ao sol. "É bom tomar de dois a três litros de água por dia. Evitar o sol para não ter insolação. Se tiver que andar, que seja pouco ao sol".

Confira as umidades relativas do ar mais baixas nas últimas 24 horas: 

  1. Coxim - 8%
  2. Campo Grande - 11%
  3. Sidrolândia - 11%
  4. São Gabriel do Oeste - 12%
  5. Amambai - 15%
  6. Porto Murtinho - 15%
  7. Aquidauana - 17%
  8. Costa Rica - 17%
  9. Jardim - 18%
  10. Corumbá (Nhumirim) - 18%

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