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Meio Ambiente

Nos últimos dias de pesca liberada, peixes já sobem para cabeceiras

Proibição começa em 5 de novembro para proteger o ciclo reprodutivo das espécies

Por Inara Silva | 30/10/2025 14:33


RESUMO

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A piracema, fenômeno natural de reprodução dos peixes, já pode ser observada nos rios de Mato Grosso do Sul, com cardumes visíveis nos rios Aquidauana e Miranda. A partir de 5 de novembro, a pesca será proibida em todo o estado, exceto na calha do rio Paraná, onde a restrição começa em 1º de novembro. Durante o período de defeso, apenas comunidades tradicionais poderão pescar para subsistência, com limite de três quilos diários. Infrações podem resultar em prisão de um a três anos e multas de até R$ 100 mil. A população pode denunciar irregularidades pelo telefone 181, com garantia de anonimato.

Mesmo antes do início oficial da piracema, período em que os peixes sobem os rios para se reproduzir, cardumes já têm sido facilmente vistos fazendo movimento migratório no sentido das nascentes, encantando turistas e pescadores. Flagrantes recentes no rio Aquidauana, em Rochedo, e no Miranda, no município de mesmo nome, mostram a beleza desse fenômeno natural.

A reprodução dos peixes marca o início da Operação Piracema, durante a qual a pesca fica proibida em todo o país, e as autoridades intensificam o monitoramento dos rios para garantir a renovação natural dos estoques pesqueiros e a conservação dos ecossistemas aquáticos.

Período - Em Mato Grosso do Sul, a restrição atinge todos os rios do Estado. Segundo o comandante do 1º BPMA (Batalhão da Polícia Militar Ambiental), Tenente-Coronel Diego da Silva Ferreira Rosa, a pesca ficará suspensa nos rios estaduais de 5 de novembro de 2025 a 29 de fevereiro de 2026.

Apenas na calha do rio Paraná, que segue legislação federal, a proibição começa em 1º de novembro e vai até 28 de fevereiro de 2025.

A coordenadora-geral de Gestão Participativa Continental da Secretaria Nacional de Pesca Artesanal, Bianca Larissa de Mesquita Sousa, explica que a piracema é essencial para o equilíbrio ambiental. “É um momento crucial para a desova e o nascimento de novos peixes, o que garante a reposição natural das espécies e a continuidade da pesca no futuro”, afirmou, por meio da assessoria de imprensa.

Turismo - Os pesqueiros de Mato Grosso do Sul aguardam grande movimentação neste fim da temporada de pesca de 2025. Em Aquidauana, por exemplo, muitos já estão com as reservas esgotadas, como é o caso do Pesqueiro e Pousada Toca da Onça, localizado no Pantanal. No local, os 60 apartamentos e chalés estão reservados até terça-feira (4).

Segundo o gerente José Wanderley Barbaresco, os hóspedes são grupos de pescadores de Mato Grosso do Sul, além de visitantes de São Paulo e do Paraná. Além da hospedagem, o estabelecimento oferece o serviço de day use, no qual o visitante aluga um barco e retorna no fim do dia.

Já no Rancho Lazer City, uma casa na beira do rio Aquidauana, o proprietário Abel Sandro Pereira só atende grupos fechados. Nesta sexta-feira, ele vai receber uma família com 14 pessoas, que passará o fim de semana no local e só deixará o rancho na terça-feira (4).

Nos últimos dias de pesca liberada, peixes já sobem para cabeceiras

Despedida - Os interessados em aproveitar os últimos dias da temporada precisam emitir a Licença Ambiental para Pesca no site do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), o órgão também disponibiliza uma cartilha com orientações sobre espécies, tamanhos e pesos permitidos.

Durante o defeso, apenas ribeirinhos e comunidades tradicionais poderão pescar para subsistência, limitados a três quilos ou um exemplar por dia, dentro das medidas regulamentadas. A comercialização do pescado segue proibida.

Quem for flagrado pescando ilegalmente pode ser preso em flagrante e ter seus equipamentos apreendidos, como barcos, motores e veículos usados. Além disso, responderá pelo crime, que prevê pena de um a três anos de prisão e multas que variam de R$ 700 a R$ 100 mil, acrescidas de R$ 20 por quilo de peixe apreendido.

A população pode denunciar infrações ambientais pelo telefone 181. As denúncias são anônimas e o sigilo da fonte é garantido.

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