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Meio Ambiente

Óleo vaza e polui Rio Aquidauana há 2 anos, denuncia pescador

Ele vê a mancha desde 2023, mas passou a filmar quando ela aumentou de tamanho

Por Cassia Modena | 15/05/2025 08:49


RESUMO

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Pescador profissional denuncia vazamento de óleo no Rio Aquidauana, em Mato Grosso do Sul, que persiste há dois anos. Otacílio Cardoso da Silva, de 54 anos, registrou em vídeo duas ocorrências em maio de 2025, evidenciando uma mancha que tem aumentado desde o fim do ano anterior. A Polícia Militar Ambiental iniciou buscas após receber as denúncias, mas ainda não encontrou vestígios do vazamento. O pescador suspeita que o problema esteja relacionado a empresas próximas à ponte de ferro, incluindo um frigorífico e areeiros. A poluição afeta a presença de peixes na região e emite forte odor de óleo diesel.

O pescador profissional Otacílio Cardoso da Silva, 54, flagrou duas vezes neste mês uma mancha que surgiu tímida há cerca de dois anos, mas vem reaparecendo e poluindo as águas do Rio Aquidauana, em Mato Grosso do Sul.

Ele passou a levar o celular no barco para gravar a cena ao perceber que a mancha estava aumentando. Em 2025, fez vídeos em 6 de maio e na última terça-feira (13).

"Era menor, mas do fim do ano passado pra cá começou a crescer. É tão grande que parece que chegou um caminhão e despejou um monte de óleo. Sobe um cheiro forte de óleo diesel. A gente vê até aquele colorido arco-íris quando ele se espalha", diz Otacílio.

O pescador não tem os vídeos mais antigos porque seu celular foi engolido pelo rio no fim do ano passado. "Não costumo levar, daí caiu lá e perdi tudo", conta.

A PMA (Polícia Militar Ambiental) informou que recebeu o vídeo gravado na terça-feira e começou a fazer buscas, mas ainda não achou vestígios de óleo. A procura vai continuar sendo feita pelo pelotão de Aquidauana.

Ponte de ferro - O pescador explica que não vai com frequência até a ponte de ferro, de onde já viu a mancha, porque costuma pegar peixe no distrito de Camisão.

Mas quando vai para lá, sabe que vai se decepcionar caso a mancha apareça de novo. "É bom de peixe. Só quando surge o óleo é que eles somem", afirma.

Otacílio fez as duas últimas gravações no período da tarde, uma por volta das 14h e a outra às 16h30. "Não é toda hora e todo dia que você vê o vazamento. Precisa ficar lá", acrescenta.

Atividades no entorno - Ainda segundo o pescador, um frigorífico e areeiros ficam próximos da ponte. Ele desconfia que o vazamento esteja relacionado ao descuido de uma das empresas.

A PMA informou também que verificou se havia vazamento de óleo nesses locais e nas dragas do rio, mas não encontrou nada até o momento.

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