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Meio Ambiente

Onça resgatada com 4 patas queimadas se recupera depois de escapar do fogo

O animal foi resgatado em Mato Grosso do Sul e transferido para um centro veterinário especializado em Goiás.

Por Ângela Kempfer | 31/08/2024 11:56
Itapira, com curativos nas quatro patinhas queimadas. (Foto: Onçafari)
Itapira, com curativos nas quatro patinhas queimadas. (Foto: Onçafari)

Itapira, uma onça-pintada monitorada pela organização ambiental Onçafari no Pantanal Sul, foi resgatada após sofrer graves queimaduras nas quatro patas devido aos incêndios que assolam a região. "O animal foi anestesiado e recebeu os primeiros cuidados ainda no local, mas, devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para um centro veterinário especializado em Goiás", informou a entidade

Apesar das lesões severas, a recuperação de Itapira tem mostrado progresso. Suas patas estão cicatrizando e, embora ainda sensíveis, ela já consegue ficar em pé. A onça também voltou a se alimentar bem, chegando a caçar presas vivas, o que é um excelente indicativo de sua recuperação e independência. O tratamento segue com o mínimo de intervenções humanas possíveis, mantendo o comportamento arisco e selvagem de Itapira, necessário para sua eventual reintegração à natureza.

Outros casos - A situação de Itapira não é isolada. Recentemente, um filhote de onça-parda foi encontrado sozinho em um canavial próximo a Costa Rica, a 397 km de Campo Grande. O animal, que provavelmente se separou da mãe devido aos incêndios que devastaram a região, foi resgatado em estado de fraqueza e será encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, na Capital.

Além disso, duas outras onças-pintadas, Miranda e Antã, também estão sob cuidados veterinários após sofrerem queimaduras graves. Resgatada no dia 15 de agosto em Miranda, a 208 km de Campo Grande, Miranda apresenta uma recuperação mais rápida, com evolução positiva na cicatrização das patas. A previsão é de que ela possa retornar à natureza em cerca de um mês.

Por outro lado, o quadro de Antã, resgatado no Passo do Lontra, próximo a Corumbá, é mais delicado devido à profundidade das feridas. Apesar disso, os veterinários do Cras acreditam que sua permanência no centro não deve se estender por mais de dois meses.

Ambos os animais estão recebendo tratamento com ozonioterapia, um procedimento realizado a cada quatro dias para acelerar a regeneração da pele.

Os casos de Itapira, Miranda, Antã e do filhote de onça-parda, além e várias outras espécies de animais, destacam os efeitos devastadores dos incêndios que têm assolado o Pantanal e outras regiões do Mato Grosso do Sul. As queimadas não só destroem o habitat natural desses animais, mas também colocam em risco suas vidas, forçando intervenções humanas para salvar e reabilitar os sobreviventes.


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