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Meio Ambiente

Para evitar falta de água, Sanesul opera em atenção em 14 cidades de MS

Empresa responsável pelo abastecimento em 68 cidades de MS está utilizando motobombas para casos de emergência

Ana Paula Chuva | 05/11/2021 08:42
Balsa com motobombas prontas para operar em caso de emergência. (Foto: Saul Schramm | Governo de MS)
Balsa com motobombas prontas para operar em caso de emergência. (Foto: Saul Schramm | Governo de MS)

A Sanesul, empresa responsável pela captação, tratamento e distribuição de água potável para 1,7 milhões de sul-mato-grossenses, está fazendo a captação superficial de água dos rios em 14 cidades do Estado para evitar desabastecimento.

Com a crise hídrica que atingiu principalmente o Pantanal, a empresa implantou em 2020, um plano de contingenciamento para 18 municípios onde era preciso uma atenção maior quanto a produção e garantia no abastecimento de água. Destes, 14 estão sendo atendidos com a captação superficial dos rios por meio de bombeamento para as estações de tratamento.

Nos municípios de Corumbá e Ladário, ambos banhados pelo Rio Paraguai, a Sanesul monitora diariamente o comportamento dos índices fluviométricos, que chegaram a nível crítico, por isso, a empresa tomou medidas preventivas para evitar a falta de água em qualquer situação de alerta. Para isso, uma balsa com cinco motobombas anfíbias foi colocada ao lado da estrutura de captação de água para a eventual emergência.

Conforme explicou o diretor-presidente da empresa, Walter Carneiro Junior, caso o sistema de captação de água perca a capacidade de bombeamento, a um nível zero das escotilhas fixas, as motobombas são acionadas para, através de mangotes, abastecerem a base da estrutura que recebe e lança a água para as estações de tratamento, que ficam a 2,6 mil metros da captação e a um nível de 80 metros em relação ao rio.

Captação de água no Rio Paraguai, em Corumbá. (Foto: Saul Schramm | Governo de MS)
Captação de água no Rio Paraguai, em Corumbá. (Foto: Saul Schramm | Governo de MS)

“A crise hídrica exigiu da companhia planejamento, execução e operação para garantir o abastecimento, em especial, em Corumbá, onde o Rio Paraguai ainda não entrou em recomposição de seus níveis normais, o que demandará um volume muito grande de chuvas, principalmente, em suas cabeceiras. Estamos em atenção especial, durante 24h, nas regiões onde desenvolvemos o plano de contingenciamento”, afirmou Walter.

Pouca chuva – Na bacia do Rio Paraguai, as condições hídricas seguem críticas por conta do baixo volume de chuvas. Na última semana de outubro, a região registrou um acumulado de 27,7 milímetros de precipitação.

Em Ladário, a 426 km de Campo Grande, o nível do rio continua baixando, a última medição registrada na quinta-feira (4) foi de 0,19 centímetros negativos, com previsão de voltar a subir no final de novembro chegando a marca positiva de 0,70 centímetros.

No dia 16 de outubro, o nível de água no Rio Paraguai em Ladário, chegou a 0,60 centímetros negativos, segundo o Ministério de Minas e Energia, a segunda menor vazante em 121 anos da estação.  E mesmo com a tendência de elevação do rio, o nível continua na zona de atenção (abaixo da cota de permanência de 90%).

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