Peixe-aranha? Bagres são flagrados escalando paredões de cachoeira
Observação feita pelo Laboratório Lapiaba, da UFMS, revela fenômeno nunca documentado no mundo
Peixe-aranha? Lagartixa de água doce? Milhares de bagres foram flagrados escalando os paredões de uma cachoeira no Rio Aquidauana. O registro inédito foi publicado nesta semana nas redes sociais do Lapiaba (Laboratório de Sistemática e Ontogenia de Peixes), da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
RESUMO
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Bagres escaladores surpreendem cientistas em cachoeira de Mato Grosso do Sul. Vídeos publicados pelo Laboratório de Sistemática e Ontogenia de Peixes da UFMS mostram milhares de bagres da espécie bumblebee catfish escalando paredões de uma cachoeira no Rio Aquidauana. O comportamento migratório e de agregação, inédito para a família, ocorre no início da estação chuvosa, quando os peixes nadam contra a corrente para reprodução. A descoberta, feita após chamado da Polícia Militar Ambiental, revela a capacidade dos bagres de escalar paredões verticais de mais de um metro. O ictiólogo Heriberto Gimênes Junior destaca a importância do registro para a compreensão da biologia da espécie e a necessidade de proteger rios livres de barragens e alterações que possam interromper esse comportamento migratório. A jornada dos peixes se estendeu até o anoitecer, quando se reuniram em um evento inédito no mundo.
De acordo com a publicação, os bagres que aparecem nos vídeos são conhecidos como bumblebee catfish. "Essa cena inédita revelou um comportamento migratório e de agregação nunca antes documentado nesta família de peixes", diz o texto.
O ictiólogo (cientista especializado no estudo de peixes) Heriberto Gimênes Junior contou que o registro foi feito após um chamado da PMA (Polícia Militar Ambiental). "No início da estação chuvosa, eles se reúnem em massa, nadam contra a corrente e até 'escalam' rochas para chegar ao local de reprodução", explicou Heriberto.
Ainda segundo ele, esse "achado" não só ajuda a entender melhor a biologia dessa espécie rara, mas também alerta para a importância de proteger rios livres, já que barragens e alterações no fluxo da água podem interromper esse comportamento.
"Eles são capazes de escalar paredões verticais com mais de um metro de altura. [...] Essa jornada se estendeu até o anoitecer, quando, então, eles se uniram. Um registro inédito no mundo, revelando um comportamento jamais visto", diz Heriberto.
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