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Meio Ambiente

Rio Paraguai registra 3º pior nível da história, em 110 anos de medição

Bioma pantaneiro, apesar de registrar menos incêndios que ano histórico de 2020, ainda dá sinais de degradação

Guilherme Correia | 12/10/2021 18:07
Margens do Rio Paraguai, em Ladário, indicam situações ambientais vividas no Pantanal. (Foto: Reprodução/Diário Corumbaense)
Margens do Rio Paraguai, em Ladário, indicam situações ambientais vividas no Pantanal. (Foto: Reprodução/Diário Corumbaense)

A altura do Rio Paraguai, em Ladário, a 419 quilômetros de Campo Grande, chegou na segunda-feira (11) a registrar 56 centímetros negativos, de acordo com monitoramento diário do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, vinculado às Forças Armadas. Esse índice é o terceiro mais baixo em 110 anos, desde que se iniciou a medição.

As informações são do jornal Diário Corumbaense. Em 1964, o Rio registrou a pior marca, quando chegou aos -61 centímetros e em 1971, mediu -57.

Conforme o Serviço Geológico do Brasil, a corrente pode reduzir ainda mais nesta semana, beirando os -59. Se isso acontecer, será a segunda pior marca da história. Ainda segundo o órgão, é o terceiro ano consecutivo em que o Pantanal não apresenta a habitual cheia, condição em que o nível d’água supera os quatro metros em Ladário. A última vez foi em 2018, quando o rio atingiu o pico de 5,35 metros.

Conforme pesquisa divulgada em setembro deste ano pelo MapBiomas, o período de chuvas no Pantanal passou de seis meses para apenas dois. Dessa forma, a outra metade do ano - que naturalmente é a de secas - seria ainda mais potencializada.

Vale ressaltar que os focos de incêndio no bioma sul-mato-grossense, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), têm sido menores neste ano em comparação com 2020, período de recordes de destruição ambiental no bioma. Ainda assim, isso não indica que a situação está totalmente controlada.

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