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Meio Ambiente

Sem licença ambiental, prefeitura vai tentar derrubar liminar sobre lixão

Caroline Maldonado e Bruno Chaves | 02/06/2014 13:10
Sem poder fazer a seleção dos recicláveis, catadores aguardam uma solução (Foto: Marcos Ermínio)
Sem poder fazer a seleção dos recicláveis, catadores aguardam uma solução (Foto: Marcos Ermínio)
No início da manhã a polícia esteve no local (Foto: Marcos Ermínio)
No início da manhã a polícia esteve no local (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), disse que vai tentar derrubar a liminar que obrigou a prefeitura a lacrar a área na qual eram depositados os resíduos sólidos no lixão do bairro Dom Antônio Barbosa. Olarte afirmou que por enquanto o lixo irá direto para o aterro, mas ele pretende continuar as obras da UTR (Unidade de Tratamento de Resíduos) e concluí-la, em no máximo, cinco meses.

“Como nós não temos licença ambiental para abrir uma outra área. Nós vamos usar o paliativo de mandar o lixo para o aterro sanitário, obedecer a ordem judicial, fazer recurso parcial para que a abertura de outra área sem licença ambiental seja reconsiderada pela justiça”, explicou o prefeito.

A ordem da Justiça é para que a CG Solurb defina uma nova área para coleta, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Segundo o catador de recicláveis, Márcio de Lima Gomes, cerca de 630 catadores estão há três dias sem trabalhar. Hoje (02), aproximadamente 300 pessoas passaram pelo local e os catadores permanecem no lixão aguardando uma solução. “A gente precisa trabalhar. Não entramos porque não queremos conflito, mas se for preciso vamos entrar”, afirmou Márcio.

Com a interdição, reclama Márcio, os catadores ficam sem renda. “Cada catador fica sem receber em média R$ 150 por dia. Outro fator é o dano para o meio ambiente. São cem toneladas de materiais recicláveis retiradas todos os dias do aterro pelo catadores”, destacou.

Nessa manhã, durante o lançamento da pedra fundamental da Fábrica ADM de processamento de proteína de soja, o prefeito disse que os trabalhadores não ficarão desamparados com a interdição. “Os trabalhadores que quiserem voltar para trabalhar vão poder. Durante esse período, estamos oferecendo emprego. Inclusive na Solurb já há 200 vagas para estes trabalhadores de recicláveis, com mais de 1 mil reais na carteira de trabalho”, assegurou Olarte.

O prefeito complementou que a SAS (Secretaria de Assistência Social) e a Funsat (Fundação Social do Trabalho) atuarão para que que ninguém fique sem trabalho.

A Secretaira Municipal de Infraestrutrua informou que 400 pessoas trabalham no lixo, sendo que 120 atuam diariamente no local.

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