Cães e gatos também podem ter Alzheimer; saiba identificar
Quadro provoca mudanças no comportamento, na memória e na interação com a família
Assim como acontece com os humanos, cães e gatos também podem desenvolver um tipo de “Alzheimer”. A condição, chamada oficialmente de SDC (Síndrome da Disfunção Cognitiva), é mais comum em animais idosos e provoca mudanças no comportamento, na memória e na interação com a família.
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Cães e gatos podem desenvolver uma condição similar ao Alzheimer humano, conhecida como Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC). A doença, que afeta principalmente animais idosos, causa alterações comportamentais, perda de memória e mudanças na interação social. O diagnóstico é realizado por exclusão de outras enfermidades, e embora não tenha cura, a SDC pode ser tratada com medicamentos, suplementos e dietas específicas. Os tutores devem manter uma rotina estável e realizar consultas veterinárias regulares para garantir melhor qualidade de vida aos pets afetados.
Segundo o médico-veterinário clínico Lucas de Souza, a disfunção está ligada ao envelhecimento natural do cérebro. “Com o passar dos anos, o cérebro do animal sofre perdas neurológicas, redução do fluxo sanguíneo e acúmulo de substâncias que prejudicam a função cognitiva. Isso faz com que ele fique confuso e tenha dificuldade de reconhecer situações do dia a dia”, explica.
Entre os principais sintomas estão a desorientação dentro de casa, mudanças no padrão de sono, esquecimento de comandos básicos, diminuição da interação com a família, vocalizações sem motivo aparente e alterações no local onde o animal faz xixi e cocô. “Muitos tutores acham que é apenas velhice, mas quando esses comportamentos se tornam frequentes, é um sinal de alerta”, destaca Lucas.
O veterinário explica que o diagnóstico é feito após descartar outras doenças comuns em animais idosos, como problemas renais, hormonais, dores crônicas e alterações neurológicas. “Não existe um exame específico para confirmar o Alzheimer em pets. A avaliação clínica e o histórico do animal são fundamentais”, afirma.
Embora não tenha cura, a Síndrome da Disfunção Cognitiva pode ser tratada e controlada. O tratamento envolve o uso de medicamentos que auxiliam na função cerebral, suplementos antioxidantes, ômega-3 e, em alguns casos, rações específicas para a saúde do cérebro. “Quando o tratamento começa cedo, é possível retardar a progressão da doença e melhorar bastante a qualidade de vida do animal”, reforça o veterinário.
No dia a dia, os tutores também têm papel essencial. Manter uma rotina fixa, estimular o pet com brinquedos e atividades simples, evitar mudanças bruscas no ambiente e garantir acompanhamento veterinário regular fazem toda a diferença. “O mais importante é ter paciência e entender que o animal não está fazendo nada por birra. Ele está confuso e precisa de acolhimento”, orienta Lucas.
A recomendação é que cães e gatos idosos façam consultas periódicas. Identificar os sinais precocemente pode garantir mais conforto, bem-estar e dignidade na fase final da vida dos pets.
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