Citada por David, senadora nega envolvimento com hackers e diz que vai à justiça
Em nota, senadora lembrou que acusações sem provas configuram crimes de "calúnia e difamação"
A senadora Soraya Thronicke (PSL) informou que vai tomar as “medidas judiciais” por ter o seu nome associado a invasão do celular do deputado estadual Carlos Alberto David (PSL), na noite da última terça-feira (24).
Mesmo sem acusá-la diretamente em sua fala na sessão da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (25) o deputado citou Soraya ao dizer que suspeita do envolvimento do próprio partido, tanto com a invasão quanto ao compartilhamento de “fake news” em seu nome.
Em nota a senadora negou qualquer envolvimento com o ocorrido e disse que repudia qualquer ação que configure invasão à privacidade por meios ilegais. “Reforço que ‘hackear’ aparelhos eletrônicos é crime, assim como fazer acusações sem provas, o que configura crimes de calúnia e difamação”, ressaltou ao justificar as possíveis medidas judiciais que pode vir a tomar, diante das acusações.
Nesta quarta-feira (25) na Assembleia o colega de partido da senadora a citou ao falar de Bruno Gomides, integrante da Juventude do PSL em Brasília, que gravou um vídeo pedindo providências contra o fato de David ter apoiado a concessão de comenda da Assembleia Legislativa ao ex-senador Delcídio do Amaral.
Na tribuna, David citou o vídeo, comentando que Gomides produziu o material “a mando” do partido em Campo Grande e aos jornalistas também disse ter recebido informação de que Gomides é ligado a uma das senadoras de Mato Grosso do Sul. À imprensa o deputado disse que “não pode afirmar” que a senadora tem ligação, mas reforçou ter recebido as informações citadas sobre ela.
Quanto a gravação a senadora também comentou que a acusação parte de um vídeo “totalmente opinativo e espontâneo, feito por um cidadão que apenas expressa sua indignação ao ver um parlamentar, que se diz alinhado ao governo Bolsonaro, homenagear um político que teve seu nome envolvido em diversos crimes e que representa o retrocesso no desenvolvimento do nosso país”.
“Eu, assim como o PSL, não me responsabilizo e não tenho gerência sobre a opinião de pessoas simpatizantes com a causa, com a direita ou com o partido. Todos têm o direito de se expressar, mas é preciso responsabilidade ao acusar alguém de um crime”, finalizou Soraya em sua nota oficial.