Após ironias por "baixo salário", Marun reclama de "tchurma" que só critica
Exoneração do cargo no Conselho de Administração da Itaipu foi publicada na edição de hoje do Diário da União
Agora é oficial. O ex-ministro do governo Michel Temer (MDB), Carlos Marun (MDB) não é mais conselheiro da hidrelétrica Itaipu Binacional. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (06) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No lugar dele foi nomeada a ex-governadora do Paraná, Maria Aparecida Borghetti. Ela é esposa do líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Sem redes sociais, Marun disparou em um grupo de whatsapp uma nota sobre os ataques recebidos nos últimos dias referentes ao seu futuro político. Ele foi nomeado como assessor de gabinete parlamentar XVIII na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, na última segunda-feira (04).
“Continuo sendo criticado pelo baixo valor do salário que receberei na Assembleia Legislativa. Eu penso que baixo é o pequeno amor que os que me criticam sentem por MS. Eu sou Engenheiro e advogado. Presto serviços para a iniciativa privada. Tenho hoje renda suficiente para poder contribuir com o Estado que me recebeu com tanto carinho independentemente de Salário. O que me importa neste momento é atuar para que a Ponte Bioceânica se concretize. É um projeto que nasceu por meu intermédio”, destacou.
Polêmico como sempre, Marun terminou a nota mandando um recado para os críticos de plantão. “ Não é do meu feitio simplesmente olhar as coisas acontecerem ou não. Mas destaco uma curiosidade: a mesma “tchurma” que me criticou pelo “alto” salário que recebia em Itaipu agora me critica pelo “baixo” salário que receberei na Assembleia. Difícil entender. Será que é só inveja?”, concluiu, questionando.
Por telefone, Marun confirmou a nota e detalhou apenas que na Itaipu a remuneração recebida era de cerca de R$ 25 mil líquido. Já no Legislativo o salário será cerca de 10% deste valor.
Marun deveria ficar no cargo por mais 3 anos, mas acabou exonerado. No mesmo ato publicado em Diário Oficial, o presidente Jair Bolsonaro nomeou Maria Aparecida Borghetti para o cargo de conselheira da hidrelétrica de Itaipu.
A escolha causou polêmica, porque ela é ex-governadora do Paraná e esposa do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR).