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Política

Após pai visitar MS, deputado Eduardo Bolsonaro participa de debate na Capital

Deputado federal vai discutir sobre o projeto Escola sem Partido na Câmara Municipal de Campo Grande

Richelieu de Carlo | 17/07/2017 11:18
Deputado Eduardo Bolsonaro, e o pai, Jair Bolsonaro na Câmara Federal. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Deputado Eduardo Bolsonaro, e o pai, Jair Bolsonaro na Câmara Federal. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Após visita de Jair Bolsonaro a Mato Grosso do Sul neste mês, em agosto será a vez de Eduardo Bolsonaro, que assim como o pai é deputado federal pelo PSC, participar na Capital de audiência pública sobre o Programa Escola sem Partido, que acontece na Câmara de Vereadores de Campo Grande.

O encontro está programado para o dia 14 do próximo mês, e é promovido pela comissão especial da Câmara dos Deputados, da qual Eduardo Bolsonaro faz parte e analisa projeto em tramitação.

Além de Bolsonaro, participarão da audiência o advogado Miguel Nagib, fundador do Movimento Escola Sem Partido, e o vereador do município de Niterói (RJ) Carlos Jordy, que protocolou o projeto em sua cidade.

Conforme o presidente do Instituto Iniciativa, Pietro Decenzo, que articulou a presença de Bolsonaro na Capital, o debate visa esclarecer detalhes do projeto de lei que, segundo ele, não é lido e não foi devidamente explicado quando apresentado no Legislativo local, através da chamada “Lei da Mordaça”.

“Nós apoiamos o Escola sem Partido em Campo Grande e convidamos o deputado para participar. Queremos debater devidamente a proposta, até porque ninguém leu o projeto. As pessoas se colocaram contra sem ler, esse é um problema no Brasil”, explica Pietro Decenzo.

Pietro relata que o Instituto Iniciativa pretendia reapresentar a proposta, rejeitada na legislatura anterior, no segundo semestre. Porém, o vereador Vinicius Siqueira (DEM) se antecipou e protocolou em junho deste ano.

O Movimento Escola sem Partido diz representar pais e estudantes contrários ao que chamam de “doutrinação ideológica” nas salas de aula brasileiras e existe há vários anos, sendo apresentada em câmaras municipais, assembleias legislativas e no Congresso Nacional.

O programa já virou lei em Alagoas e em outros municípios brasileiros, mas, no caso alagoano, o documento foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal) e considerado inconstitucional pela AGU (Advocacia-Geral da União), pois legisla sobre uma área de competência da União, e porque infringe o artigo 206 da Constituição, que garante a pluralidade de ideias no ambiente de ensino.

No STF, o programa foi suspenso após decisão liminar emitida pelo ministro Luís Roberto Barroso, que considerou inconstitucional a lei alagoana, pois é atribuição da União legislar sobre diretrizes e bases da educação. A decisão ainda precisa ser confirmada no plenário do Supremo para ser definitiva.

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