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Política

Bernal faz apelo, garante ir à Câmara e admite ter só 6 aliados contra cassação

Aline dos Santos | 26/12/2013 07:48
Câmara faz hoje primeira sessão de julgamento da história do prefeito. (Foto: Marcos Ermínio)
Câmara faz hoje primeira sessão de julgamento da história do prefeito. (Foto: Marcos Ermínio)

Nesta quinta-feira, dia em que pode ser o primeiro prefeito cassado nos 114 anos de história de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) manteve a rotina e, em entrevista à rádio 97,9 FM, admitiu que conta com somente seis votos para escapar da cassação pela Câmara Municipal.

“Contamos com o apoio de seis vereadores: os três do PT, a Luiza Ribeiro, o Cazuza e também o Gilmar, do PRB. Os demais estão manifestando de maneira muito clara de que querem cassar, de qualquer jeito, o prefeito de Campo Grande”, afirma Bernal. Para perda de mandato, é preciso que ao menos 20 vereadores votem a favor da cassação do prefeito.

Bernal declarou que fez tentativa para compor politicamente, pois sempre teve minoria no Legislativo Municipal. “Eu tenho que reconhecer que não tenho conseguido”. No rádio, ele fez apelo à classe política. “Apelo a todos os políticos, em especial aos vereadores de Campo Grande, me deixem trabalhar”, disse.

Ao contrário das outras vezes, quando foi chamado para se defender durante a Comissão Processante e sempre se recusou a comparecer, o prefeito garante que hoje vai à Câmara para fazer sua defesa. Ele promete levar documentos e afirma que os contratos questionados resultaram em economia para o município.

“Estou firme e convicto que a justiça divina e dos homens haverá de se manifestar. Isso é uma injustiça, uma barbaridade política”. No entanto, não esclareceu se tomou nova medida jurídica para suspender a sessão de julgamento, marcada para às 8h desta quinta-feira, na Câmara Municipal.

O prefeito enumerou ações do seu mandato, como combate à dengue, redução do valor da tarifa de ônibus e reajuste dos servidores. “Vinte votos não podem valer mais do que 270 mil”, disse, citando os números da eleição do ano passado.

Para a Comissão Processante, o prefeito fez contratos fora dos procedimentos normais de licitação, criando uma “emergência fictícia, ilusória ou fabricada”. São apontadas irregularidades na contratação das empresas Salute, MegaServ e Jagás.

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