Campo Grande sai da 'lista negra' do Cadin e pode receber empréstimos
Desde que voltou à Prefeitura, o prefeito Alcides Bernal (PP) já esteve no TRF (Tribunal Regional Federal) 3ª Região, em São Paulo, por pelo menos uma meia duzia de vezes, na tentativa de retirar o nome de Campo Grande da “lista negra” do Cadin (Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal). No final da tarde de hoje o Tribunal concedeu medida cautelar, retirando a restrição que impedia o município de contratar empréstimos federais e internacionais.
Conforme a prefeitura, Campo Grande foi incluído no Cadin devido a uma dívida de R$ 12,5 milhões com a União, por falta de pagamento do Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) entre os anos de 2002 e 2006, nas gestões de André Puccinelli e Nelson Trad Filho. O valor débito acumulado passou de R$ 36 milhões com o governo federal.
Essa restrição impedia que a prefeitura conseguisse qualquer linha de crédito em bancos nacionais e internacionais. Com isso, tem atrasado a liberação do empréstimo de U$ 56 milhões por meio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para investimentos na revitalização da região central da Capital, com o projeto Reviva Centro. São cerca de R$ 200 milhões, considerando o dólar de hoje.
Com a decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo, acompanhada pessoalmente pelo prefeito, Campo Grande pode voltar a receber recursos federais e internacionais para investir em obras e projetos. “É uma grande vitória para o povo de Campo Grande. Agora temos a possibilidade de receber mais de R$ 500 milhões em recursos que poderão ser investidos em diversas áreas importantes. Hoje é um dia de grande conquista”, disse Bernal, ainda em São Paulo, por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura.
