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Política

Com bens bloqueados, Puccinelli tenta reverter fiança de R$ 1 milhão

Advogado argumenta que ex-governador está com os bens bloqueados e não tem recursos suficientes

Lucas Junot | 11/05/2017 14:07
Governador prestou depoimento nessa manhã na sede da PF. (Foto: André Bittar)
Governador prestou depoimento nessa manhã na sede da PF. (Foto: André Bittar)

Renê Siufi, advogado do ex-governador André Puccinelli (PMDB), conduzido coercitivamente à Polícia Federal nesta quinta-feira (11) para prestar depoimento na quarta fase da Operação Lama Asfáltica, irá pedir reconsideração da decisão que arbitrou fiança de R$ 1 milhão ao seu cliente. De acordo com ele, até o fim da tarde, após examinar a documentação do caso, a defesa terá um posicionamento para recorrer.

“Ele não está preso, cumpriu e vai cumprir todas as determinações da Justiça. Decisão judicial não se discute, cumpre-se. Mas é possível pedir a reconsideração, até porque com os bens bloqueados não é possível que ele pague a fiança”, explicou Siufi ao Campo Grande News.

Puccinelli, segundo a Polícia Federal, foi alvo de condução coercitiva na manhã desta quinta-feira – quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento e policiais estiveram em seu apartamento antes das 6 horas em cumprimento a mandado expedido.

Além da fiança, o uso de uma tornozeleira eletrônica foi determinado como medida restritiva.
Na operação são investigadas fraudes em licitações, superfaturamentos em obras públicas e pagamento de propinas que desviaram valor estimado em R$ 150 milhões.

O ex-secretário-adjunto da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), André Cance, o dono da gráfica Alvorada, Micherd Jafar Junior foram presos preventivamente.

A Puccinelli não foi aplicada a mesma medida, uma vez que as investigações apontaram que ele sabia do esquema, mas não recebeu nenhuma vantagem diretamente.

Ainda segundo o advogado de defesa, a decisão é longa e precisa ser examinada com atenção. “Não quero me antecipar sem fundamentos. Cada cabeça é uma sentença e quero entender qual foi o raciocínio da Justiça. Vou estudar essa determinação e até o final da tarde teremos uma estratégia definida”, finalizou.

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