Com novos prefeitos inelegíveis, vereadores assumem como interinos
Justiça eleitoral determinará o futuro de Bandeirantes em fevereiro; Paranhos terá uma nova eleição
Dois vereadores irão assumir como prefeitos interinos em Mato Grosso do Sul a partir dessa quarta-feira (1°). Em Bandeirantes e Paranhos os prefeitos eleitos em outubro de 2024 tiveram suas candidaturas impugnadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
RESUMO
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Em Bandeirantes e Paranhos, os prefeitos eleitos em outubro de 2024 tiveram suas candidaturas impugnadas pelo TSE, resultando na posse interina dos presidentes das Câmaras Municipais, Marcelo Abdo (PP) e Hélio Acosta (PSDB), respectivamente. Em ambos os casos, a inelegibilidade dos prefeitos eleitos se deve a decisões judiciais anteriores, levando à necessidade de novas eleições. A posse dos presidentes das Câmaras ocorre em meio à indefinição política gerada pelas decisões do TSE e TCU, que invalidaram as eleições e geraram a necessidade de novas disputas pelo executivo municipal.
Bandeirantes - Em uma solenidade que uniu a posse do legislativo e executivo, a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal, o vereador Marcelo Abdo (PP), foi eleito presidente da Casa de Leis.
"Fui escolhido para desenvolver essa função não sei se por dois meses, quatro meses, oito meses ou até um ano, quem vai determinar isso é o poder dos tribunais [eleitorais] com a marcação de uma nova eleição que vai acontecer e não sabemos em quanto tempo. Minha obrigação enquanto cidadão bandeirantense, enquanto vereador eleito e prefeito interino, eu vou cumpri-la da melhor maneira possível. Minha responsabilidade é muito grande", disse o vereador e prefeito interino.
Declarado inelegível, Álvaro Urt (PSDB) foi eleito prefeito de Bandeirantes com 38,45% dos votos válidos. O tucano perdeu seu mandato como vereador de Bandeirantes em 2020, decisão da Justiça Eleitoral o manteve inelegível até 2028.
O afastamento de Urt havia sido determinado em um processo que envolvia investigações sobre supostas fraudes em contratos de manutenção da frota de veículos da prefeitura, investigados pela "Operação Sucata" e conduzidos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Mesmo com o registro de candidatura indeferido, ele conseguiu disputar a eleição por meio de recursos judiciais. A indefinição política também remete à eleição de 2020, quando Álvaro Urt foi eleito, mas também não conseguiu assumir o cargo de prefeito pelo mesmo motivo. Na ocasião, a Justiça Eleitoral determinou eleições suplementar na cidade em 2021, onde a população elegeu Gustavo Sprotte como prefeito.
Paranhos - O cenário se repetiu em Paranhos, cidade a quilômetros de Campo Grande. Apesar do prefeito eleito Heliomar Klabunde (MDB) ter sido diplomado em dezembro de 2024, o município uma nova eleição.
Enquanto isso, o vereador Hélio Acosta (PSDB), eleito presidente da Casa de Leis assumirá o cargo interinamente. Acosta foi empossado ao lado do antigo prefeito, Donizete Viáro (PSDB), derrotado na disputa.
Klabunde venceu as eleições em outubro deste ano com 50,98% dos votos . O TSE acompanhou o entendimento do TRE que o tornou inelegível devido a uma decisão do TCU (Tribunal de Contas da União).
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