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Política

CPI vai abrir "caixa-preta" dos investimentos do BNDES, diz senador

Senadores abriram CPI para investigar as atividades do BNDES

Leonardo Rocha e Mayara Bueno | 04/08/2017 12:25
Senador Pedro Chaves vai fazer parte da CPI do BNDES (Foto: Marcos Ermínio)
Senador Pedro Chaves vai fazer parte da CPI do BNDES (Foto: Marcos Ermínio)

O senador de Mato Grosso do Sul, Pedro Chaves (PSC), afirmou que a CPI do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), aberta no Senado Federal, no qual ele será integrante, poderá fazer uma auditoria e abrir a "caixa-preta" sobre os financiamentos feitos pelo banco tanto dentro, como fora do País.

Ele disse que foi aberta esta investigação após denúncias sobre irregularidades em liberação de recursos e financiamento feito nos últimos anos, como em casos de negócios em outros países como Angola e Cuba. "Nós achamos importante aprofundar esta análise sobre estes empréstimos", disse Chaves, durante reunião do Brasil Central, em Campo Grande.

O senador contou que a investigação será sobre as atividades do BNDES nos últimos 20 anos, passando por diferentes gestões, desde 1997. "Vai possibilitar fazer uma verdadeira auditoria e assim após levantar os dados, dar uma satisfação a toda sociedade, que quer saber se as denúncias procedem".

Chaves citou que a CPI pretende descobrir quanto foi investido pelo banco, assim como fazer a convocação de pessoas que podem contribuir com a apuração, como o atual presidente do BNDES (Paulo Rabelo) e antigos gestores, além empresários, como os donos da JBS, Wesley Batista e o irmão Joesley Batista.

"No caso da JBS o investimento foi de R$ 8 bilhões, na qualidade de parceria, tendo 21% de participação nas atividades. A empresa estava indo relativamente bem, sendo a maioria fornecedora de proteína animal do mundo", disse ele.

Presidente do BNDES, Paulo Rabelo, falou sobre a abertura da CPI (Foto: Marcos Ermínio)
Presidente do BNDES, Paulo Rabelo, falou sobre a abertura da CPI (Foto: Marcos Ermínio)

Transparência - O presidente do BNDES, Paulo Rabelo, que está em Campo Grande, participando da reunião do bloco Brasil Central, se pronunciou sobre a abertura da CPI. "Encaro de forma favorável, estou a pouco tempo a frente da instituição, mas deu para perceber que possui uma história 100% transparente".

Rabelo também ponderou que será uma oportunidade para que tanto a sociedade e o Senado Federal, possa travar esta discussão e debate sobre o papel e atividades do BNDES, nos investimentos e financiamentos de projetos.

A CPI do BNDES vai investigar denúncias de irregularidades nos empréstimos concedidos pelo banco referentes ao programa de globalização das companhias nacionais. Segundo o relator, a investigação focará especialmente a linha de crédito para a internacionalização de empresas, que começou a ser operada a partir de 2007.

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