Deputados aprovam leilão, entidades entrarão na justiça contra evento
Os deputados que aprovam a realização do eilão da resistência destacam que o evento se trata de uma união dos produtores para garantir segurança de suas terras. Já os movimentos sociais prometem entrar com representação no MPF (Ministério Público Federal) pedindo a anulação do leilão.
O deputado Zé Teixeira (DEM), tradicional defensor dos ruralisas, ressaltou que este ato será de organização de um segmento que não vê ações efetivas da justiça e nem da União.
“Depois do leilão, iremos divulgar a população as áreas produtivas que o Estado vem perdendo com estas invasões, está gerando prejuízo em função de desrespeito com as leis do país”, destacou ele.
Mara Caseiro (PT do B), uma das principais defensoras do leilão realizado pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), afirmou que esta ação visa respeitar o direito a propriedade.
“Estamos esperando uma solução da União, vamos marcar uma audiência com a presidente Dilma (Rousseff) para termos uma posição final, até lá os produtores precisam defender o que é deles”, apontou ela.
Ação – O presidente da Fetems (Federação dos Profissionais da Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, afirmou que as entidades sociais irão entrar com uma representação no MPF (Ministério Público Federal) pedindo o cancelamento do encontro.
“Este leilão é uma afronta a paz e a sociedade de direito, eles vão tentar se armar para garantir seus direitos, isto é inadmissível, os índios estão na parte mais fraca. Esta ação dos produtores poderá gerar tragédias, já que irão resolver os problemas com armas”, destacou ele.
Botareli já teve uma discussão “alterada” com a deputada Mara Caseiro, quando este afirmou que os produtores estavam formando “milícias” para atacar os índios.
A deputada retrucou a acusação, dizendo que os fazendeiros nunca mataram um índio e que eles não podem ser tratados como bandidos.