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Política

Deputados irão cobrar União para rever valores da região do Buriti

Leonardo Rocha | 10/02/2014 07:59
Mara Caseiro irá cobrar solução do problema, assim como pagamento justo aos produtores (Foto: Divulgação)
Mara Caseiro irá cobrar solução do problema, assim como pagamento justo aos produtores (Foto: Divulgação)
Zé Teixeira ressaltou que a Funai não pode ser fazer esta avaliação e valor deve ser de mercado (Foto: Divulgação)
Zé Teixeira ressaltou que a Funai não pode ser fazer esta avaliação e valor deve ser de mercado (Foto: Divulgação)

Os deputados estaduais se manifestaram em relação aos valores apresentados pelo governo federal no mês passado aos produtores rurais nas áreas que estão em conflito. Eles esperam que com a pressão do legislativo e executivo estadual, a União possa rever estes valores e dispor de um pagamento justo aos produtores.

“Com o retorno das atividades no legislativo, vamos voltar a cobrar e exigir além de uma solução para estes conflitos, uma revisão de valores, pois o que foi apresentado não corresponde à realidade”, declarou Mara Caseiro (PT do B).

De acordo com ela, o governo federal precisa pagar o que vale no “mercado” e não apenas uma forma de “compensação” em função dos conflitos.

“Estaremos vigilantes e vamos defender uma solução justa para ambas as partes, esta questão precisa ser definida ainda este ano”.

Caseiro ponderou que o produtor não quer mais conflitos e preocupações, pois teve um ano muito difícil em 2013. “Aquele que produz no Estado quer ter paz para seguir sua vida e seu cultivo, precisa ter segurança jurídica para seguir em frente”.

O deputado Zé Teixeira (DEM) afirmou que conversou com os representantes dos produtores rurais que repassaram a informação que a avaliação feita pelo governo federal está “sem fundamento” e não leva em conta a lei aprovada na Assembleia Legislativa.

“Foi aprovado o Fepati (Fundo Estadual de Terras Indígenas) para dar condições a esta negociação e lá está definido que o valor a ser pago deve ser o de mercado, a Funai (Fundação Nacional do Índio) não pode fazer esta avaliação”.

O democrata ressalta que a terra não foi considerada indígena pela justiça, então não tem porque ser avaliada pela Funai. Ele também argumenta que o local tem “terra fértil” e sempre foi bem valorizado. “Deve ser pago de 10 a 12 mil por hectare, qualquer valor abaixo disto não corresponde à realidade”.

Proposta – No dia 17 de janeiro o governo federal propôs pagar R$ 78 milhões por 30 das 34 fazendas localizadas na região do Buriti, em um total de 15 mil hectares. Os produtores esperavam uma “oferta” de R$ 150 milhões, já que avaliaram que pagariam R$ 6,6 mil por hectare bruto, que somando com as benfeitorias chegariam a R$ 10 mil.

Os produtores já receberam o relatório da União e irão contestar os valores apresentados, para que a União possa fazer uma nova proposta.

Outra sugestão é que estas avaliações sejam feitas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e não pela Funai.

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