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Política

Grupos pró e contra Alcides Bernal devem lotar a Câmara nesta terça

Zemil Rocha | 14/10/2013 15:52
Sindicalistas lotaram a Câmara na semana passada (Foto: Cleber Gellio)
Sindicalistas lotaram a Câmara na semana passada (Foto: Cleber Gellio)

Manifestantes favoráveis e contra o prefeito Alcides Bernal devem lotar as galerias da Câmara de Campo Grande amanhã para acompanhar a votação dos pedidos de instalação de Comissão Processante. Sindicalistas e partidos políticos estão se mobilizando para levar manifestantes e pressionar os vereadores, que, se criarem a comissão, abrirão caminho para a cassação de Bernal.

A votação deveria acontecer na terça-feira da semana passada, mas foi adiada em razão de manifestantes terem ocupado a Câmara. Na ocasião, cerca de 700 manifestantes ligados a mais de 12 entidades sociais e sindicais ocuparam o plenário da Câmara em apoio a Bernal. Para a sessão de amanhã, o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), convocou a Polícia Militar para dar segurança aos vereadores.

Desta vez o risco de conflito é entre grupos rivais, pois agora, além dos sindicalistas e dirigentes de entidades que estão apoiando Bernal, até peemedebistas estão mobilizando a participação de opositores ao prefeito na sessão desta terça-feira. “O PMDB também está mobilizando”, afirmou o coordenador estadual do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Abílio Borges, que foi um dos líderes da mobilização da semana passada a favor de Bernal.

A presidente municipal do PMDB, vereadora Carla Stephanini, nega que seu partido esteja orquestrando mobilização de peemedebistas, embora admita que espontaneamente poderão acompanhar a sessão de amanhã. “De nossa parte, não tem nenhuma articulação de levar grupos como eles levarão”, declarou Carla, referindo-se a sindicalistas e dirigentes de entidades pró-Bernal. “Agora pode ser de as pessoas irem de forma espontânea”, acrescentou.

O presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Genílson Duarte, confirmou que está convocando dirigentes sindicais para participaram da sessão da Câmara na terça-feira. Garantiu, porém, que o grupo não vai defender o prefeito Alcides Bernal. “Vamos defender que seja votado o pedido. Entendemos que o impasse entre Executivo e Legislativo deve ser resolvido. Na semana passada, fomos mau interpretados. Nós fomos na Câmara e fomos ao chefe do Executivo. Os dois lados querem que seja votado. Então, que se vote logo. A população não agüenta mais isso”, disse Duarte, que na semana passado levou 35 sindicalistas para a sessão.

Já o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems), Roberto Botarelli, tem posição contrária à instalação de Comissão Processante contra o prefeito Alcides Bernal. “Estão tentando fazer afastamento político do prefeito. Perderam a eleição e não admitem a derrota. Querem dar um golpe”, acusou o dirigente.

Segundo Botarelli, só seria admissível o processo contra o prefeito caso se provasse que existem irregularidadem na administração, o que, para ele, não aconteceu. Indagado se os dados apresentados pela CPI da Calote não teriam demonstrado essas irregularidades, o sindicalista respondeu: “A CPI da Saúde é pior. Tem um médico que é vereador que recebe salário do poder publico e não vai ao posto”. Considera que a Câmara age com dois pesos e duas medidas diferentes. “Não pode para uns usar o rigor da lei e outro a benesse”, criticou.

Questionado sobre a quantidade de educadores que levará para a Câmara amanhã, Roberto Batarelli disse que não tinha estimativa. “Não tenho como prever, porque amanhã é dia de festividades do Dia do Professor em todo o Estado”, afirmou.

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