ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, SEGUNDA  08    CAMPO GRANDE 15º

Política

Marco temporal entra na pauta de comissão com parecer favorável de senadora

Soraya Thronicke (União-MS) apresentou relatório defendendo o texto aprovado no fim de maio pela Câmara

Anahi Zurutuza | 09/08/2023 09:36
Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) durante discurso na tribuna (Foto: Senado Federal)
Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) durante discurso na tribuna (Foto: Senado Federal)

Com parecer favorável a manter o texto aprovado na Câmara Federal, o projeto que institui o marco temporal para a demarcação de terras indígenas começou a ser debatido na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) apresentou, nesta terça-feira (8), relatório defendendo o texto aprovado no fim de maio.

A senadora, que preside a comissão, afirma que o marco temporal “é a solução mais adequada para viabilizar a resolução das questões legais e constitucionais envolvendo demarcação de terras indígenas no Brasil e a melhor forma para garantir previsibilidade, segurança jurídica e desenvolvimento ao país”.

O relatório, que deve ser lido em sessão desta quarta-feira (9), também diz que “o Estado brasileiro precisa delimitar o entendimento acerca de ‘terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas’. Não se mostra razoável, proporcional e legítimo adotar para o conceito ‘tradicionalmente’ uma ocupação que regresse a um marco temporal imemorial, ou seja, ocupação a tempo atávico, a períodos remotos, que, no limite, poderia gerar disputa sobre todo o território nacional”.

A parlamentar ainda destaca no parecer que o projeto “garante o direito à indenização das benfeitorias de boa-fé, não permitindo que haja qualquer limitação de uso e gozo, antes de concluído o procedimento demarcatório, aos não indígenas que exerçam posse sobre a área, garantida a sua permanência na área objeto de demarcação”.

O marco temporal é uma reivindicação dos ruralistas, um dos pleitos prioritários da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) no Congresso Nacional. Mas é vista como ameaça pelos povos originários. A proposta diz que para serem consideradas terras passíveis de demarcação, deverá ser comprovado que, na data de promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, essas áreas eram habitadas em caráter permanente pelos indígenas. O tema também está em análise no STF (Supremo Tribunal Federal).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias