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Política

Ministro dos Transportes pede estudos técnicos para construção de ferrovia

Fabiano Arruda | 16/02/2011 14:00

Escoamento pela ferrovia atende demanda produtiva de MS e PR

Governador se reuniu com bancada hoje em Brasília. (Foto: Divulgação)
Governador se reuniu com bancada hoje em Brasília. (Foto: Divulgação)

Em reunião na tarde desta quarta-feira em Brasília (DF), o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, pediu estudos técnicos para viabilizar a construção do ramal ferroviário interligando a Ferrovia do Pantanal, na região de Maracaju e Dourados, a Cascavel, no Paraná, passando por Mundo Novo e Guaíra.

O ramal teria a extensão de 350 quilômetros entre Dourados e Cascavel.

Participaram do encontro os governadores André Puccinelli (PMDB) e Beto Richa, do Paraná, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, além de representantes da bancada federal dos dois Estados, do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Duas comissões foram formadas para analisar os pontos técnicos da construção da ferrovia, como um traçado que atenda as demandas de Mato Grosso do Sul e do Paraná. O deputado federal Edson Girotto (PR) e o secretário estadual de Meio Ambiente, Planejamento, Ciência e Tecnologia, Carlos Alberto Menezes, são os representantes de MS nas comissões.

Os Estados batalham junto ao Ministério dos Transportes para que as obras do ramal entre Cascavel e Guaíra sejam contempladas no PAC-2 (Programa de Aceleração do Crescimento). A intenção é que o ramal Guaíra – Dourados também esteja inserido no PAC-2.

O deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT) considerou a reunião muito boa, revelando detalhe do trajeto estudado. “Uma delas é o trecho que liga a Ferronorte, que passa por Dourados, Maracaju, Naviraí e Mundo Novo ligue ao Porto de Paranaguá”, informou.

Opinião parecida é do deputado federal Geraldo Resende (PMDB), que considerou o encontro muito produtivo. “Sem dúvida essa obra será um marco para os governos do Mato Grosso do Sul e do Paraná”, opinou o parlamentar.

Viabilidade - A saída de trem por Paranaguá se mostra como a melhor alternativa para atender a demanda do escoamento da produção de grãos. Só no Centro Oeste do País, essa demanda chega a 5 milhões de toneladas de grãos, 2,5 bilhões de litros de álcool e 1,5 milhão de toneladas de açúcar para exportação por ano.

O ganho com o transporte é outro benefício econômico. Uma viagem de caminhão do Estado a Paranaguá dura cerca de três dias, enquanto pela ferrovia, o percurso pode ser feito em 18 horas.

Reunião - Hoje pela manhã em Brasília a reunião da bancada de Mato Grosso do Sul com o governador André Puccinelli também serviu para ajustar uma nova agenda de encontro entre os parlamentares e o chefe do executivo Estadual.

Segundo Geraldo Resende, Puccinelli defendeu uma agenda constante de encontro com os deputados de senadores de MS. “Discutimos que vamos tratar como prioridade temas como a compensação do Estado com a Lei Kandir, além de projetos macro que são vitais para o Estado nesta administração”, revelou o parlamentar.

Ainda na parte da tarde, o governador se reúne na Defesa Civil. Na pauta, a reivindicação de R$ 9,9 milhões em recursos para atender nove cidades atingidas pela chuva.

Os municípios que aguardam a liberação do dinheiro empenhado são: Anaurilândia (R$ 1,1 milhão); Bataguassu (R$ 900 mil); Batayporã (R$ 1 milhão); Naviraí (R$ 1,8 milhão); Nova Andradina (R$ 800 mil); Ponta Porã (R$ 300 mil); Santa Rita do Pardo (R$ 1,8 milhão); Selvíria (R$ 450 mil); e Três Lagoas (R$ 1,8 milhão).

Além desse montante que já passou por todas as fases de aprovação, são esperados mais R$ 700 mil para Figueirão, vítima de uma chuva muito forte que provocou enxurradas e destruiu pontes na zona rural.

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