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Política

Olarte diz que greves são armações políticas e “não irá se dobrar”

Flávia Lima | 05/07/2015 12:00
O prefeito Gilmar Olarte durante visita ao Mercadão na manhã deste domingo criticou postura dos professores em greve. (Foto:Fernando Antunes)
O prefeito Gilmar Olarte durante visita ao Mercadão na manhã deste domingo criticou postura dos professores em greve. (Foto:Fernando Antunes)

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP) disse na manhã deste domingo (5), durante visita ao Mercado Municipal, que as greves enfrentadas por sua administração são armações políticas. Tanto os professores quanto os enfermeiros estão com as atividades paralisadas. No caso dos docentes, a greve da categoria já dura 40 dias e a dos enfermeiras completa 14 dias.

No entanto, a fala do prefeito foi mais direcionada aos professores, que ao longo deste período tentaram, em vão, audiências com Olarte. "Querem nos derrubar mas não irão conseguir. Vamos vencer todas essas dificuldades com humildade. Nós não vamos nos dobrar", ressaltou.

De acordo com o prefeito existem professores que recebem salários entre R$ 5 e R$ 17 mil para trabalhar meio-período, por isso considera a reivindicação do reajuste de 13%, fora da realidade. O secretário de Administração, Wilson do Prado, que acompanhou Olarte na visita, acredita que a paralisação dos professores, que vem perdendo força nos últimos dias, não deve passar de mais uma semana.

Ele revelou que cerca de 96% da categoria já voltou para a sala de aula e que apenas duas escolas estão com as atividades totalmente paralisadas. Ainda segundo ele, 45 unidades estão trabalhando normalmente e 47 em regime parcial. Apesar do enfraquecimento da greve, Wilson do Prado afirmou que a administração continua aberta a negociações. "O problema é que eles não querem discutir nada diferente do parcelamento em dez vezes dos 13%, o que é difícil para a prefeitura, pois nós já pagamos o piso nacional. Eles querem um reajuste em cima desse piso", explicou.

O secretário destacou que o valor do piso nacional é R$ 1.917 enquanto que na prefeitura o professor entra na Reme (Rede Municipal de Educação) ganhando R$ 2,5 mil. Já sobre a greve dos enfermeiros, Wilson do Prado disse que a categoria está buscando uma negociação sem a participação do sindicato para encerrar o movimento de forma rápida, porém, qualquer acordo que seja fechada exige a homologação da entidade. "Eles aceitaram voltar ao trabalho e retomar as negociações em setembro, mas depende do sindicato", disse.

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