Primeiro dia de janela aberta sinaliza debandada de vereadores para o PSD
Parlamentares têm até o dia 3 de abril para trocar de casa
Vereadores têm até o dia 3 de abril para trocar de partido, de olho nas eleições municipais de outubro deste ano. No primeiro dia de janela aberta, esta quinta-feira (5), a movimentação na Câmara de Campo Grande sinaliza debandada de parlamentares para o PSD, partido do prefeito Marquinhos Trad.
Pelo menos três vereadores têm negociações adiantadas para ingressar na legenda.
Willian Maksoud (PMN) conversa ainda esta semana com seu partido atual e espera definição sobre apoio à reeleição de Marquinhos Trad para decidir seu rumo. Com convites de DEM e PSD, a tendência, segundo ele, é seguir para o segundo.
Odilon de Oliveira (PDT) ainda não bateu o martelo, mas admitiu que deve partir para o PSD.
Otávio Trad (PTB) tem situação mais encaminhada e declarou estar de saída da legenda. O vereador não deu data, mas sua desfiliação do PTB e ingresso no PSD devem ser feitos na próxima semana.
Já Ademir Santana (PDT) pende entre PSD e PSDB. Disse estar em dúvida e estudando as regras da legislação.
Na contracorrente, o líder do PSD na Câmara, Hederson Fritz, revelou que tem “DR” (discute a relação) com o prefeito Marquinhos Trad e pode deixar o partido.
O vereador prevê um PSD “inchado”, mantém diálogos com outras agremiações e quer esperar as mudanças para tomar sua decisão ao fim da janela partidária.
Durante agenda pública, Marquinhos Trad comentou as movimentações. “Espero que todos os que procurem partidos diferentes façam com convicção do programa ideológico e do conteúdo programático”, disse.
O prefeito ainda manifestou a vontade de que os futuros novos integrantes do PSD “ajudem a construir e fortalecer o partido”.
Suspense - No ninho tucano, Lívio Leite manteve o mistério e contou que não tem certeza sobre sua saída do PSDB. Ele alega “namoros” com DEM e Solidariedade.
Antonio Cruz, também tucano, destacou que deve seguir no partido, embora desejasse fazer parte de quadro que apoiasse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Outro que seguiu o suspense foi Vinicius Siqueira (DEM). O vereador indicou ter convites para encabeçar chapa majoritária - ou seja, ser candidato à prefeitura -, mas ainda não decidiu nada.
Confirmados - Eduardo Cury, sem partido desde o ano passado, confirmou que assina filiação ainda esta semana ao DEM, mesmo destino de André Salineiro, que deixa o PSDB.
Já Dharleng Campos, atualmente no PP, aceitou convite para integrar as fileiras do MDB.
O período de troca de partidos se encerra em 3 de abril, porque um dia depois começa o prazo de seis meses para as eleições, marcadas para 4 de outubro. Por se tratar de pleito municipal, a janela foi aberta só para os vereadores.