PSL confirma aliança com Edson Giroto, mas expõe crise interna
O PSL, um dos partidos mais cobiçados pelos pré-candidatos à Prefeitura de Campo Grande, confirmou, nesta quarta-feira, que será aliado do deputado federal Edson Giroto (PMDB), mas expôs uma crise interna às vésperas das convenções.
O racha inclui até gravação que mostra o presidente do PSL em Mato Grosso do Sul, Alceu Bueno, faz uma suposta negociação de pré-candidaturas em pelo menos quatro municípios, por R$ 10 mil.
Bueno nega isso e diz que o diálogo é sobre contribuição para campanhas.
“Você acha que eu venderia o partido por R$ 10 mil? Sou empresário e tudo que construí foi com suor. Por ano gastamos R$ 80 mil para manutenção do partido”.
O político diz que foi chantageado por um grupo ligado ao deputado estadual George Takimoto (PSL) e seu assessor, Emidio Milas, ex-presidente da legenda no Estado, que não estariam satisfeitos com as alianças da legenda em algumas cidades como em Campo Grande, com Giroto, além de Itaporã, Glória de Dourados, Miranda e Iguatemi.
Alceu afirma que foi chantageado, ontem, por um site de Dourados que cobrou R$ 50 mil para que o áudio não fosse divulgado, e diz que a gravação foi feita pelo grupo ligado a Takimoto.
“Você acha que eu venderia o partido por R$ 10 mil? Sou empresário e tudo que construí foi com suor. Por ano gastamos R$ 80 mil para manutenção do partido”.
O presidente do diretório regional do PSL ainda explicou que o pedido de verba para pré-candidatos no interior serve para bancar os custos do partido.
“Como o partido se mantém senão tiver a ajuda dos correligionários? A contribuição ao partido, desde que seja de origem legal, é a coisa mais normal. Nunca pedi nada para mim, mas para o PSL”, justificou.
Outro lado-Ao Campo Grande News, o deputado George Takimoto se mostrou surpreso e rebateu as acusações. “Não sei como ele tem coragem de dizer isto de mim. Nem sei do que se trata”.
“Até estes dias eles (Alceu e Emídio) estavam numa boa”, pontuou ao falar sobre as declarações de Bueno e reafirmar não ter qualquer responsabilidade sobre a gravação.
O parlamentar garante que nunca fez questão de política de diretório, pois acha “muito complicado” e que defende total autonomia para as direções do partido no interior. “Nunca cobrei nada”.
Perguntado se é contra a aliança do PSL com Giroto em Campo Grande, Takimoto voltou a retrucar. “Pelo contrário. Sou amigo do governador André Puccinelli, ajudei o Giroto na minha cidade (Dourados) e não tenho nada contra a aliança”.