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Política

Vereadores fogem de explicação sobre aumento dos salários

Luciana Brazil | 05/12/2012 13:16
Siufi diz que aumento de vereadores é constitucional. (Foto:Arquivo)
Siufi diz que aumento de vereadores é constitucional. (Foto:Arquivo)

Após a votação unânime, e silênciosa, que aprovou o reajuste salarial de 61,9% para os vereadores de Campo Grande a partir de 2013, os parlamentares se esquivaram do assunto na manhã desta quarta-feira (5), na Casa de Leis.

A resolução do reajuste foi publicada na edição de hoje no Diário Oficial do Município. O rendimento passa de R$ 9,2 mil para R$ 15.031,76.

O vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, do PSB, afirmou que apenas a Mesa Diretora falaria sobre o assunto. “Eu sou o segundo vice-presidente e só quem fala sobre isso é a Mesa. Se o presidente da Casa me autorizar a falar, eu falo”.

Flavio César (PT do B) seguiu a mesma linha. “Apenas a Mesa Diretora fala sobre o assunto”.

Durante audiência pública da Santa Casa na Câmara, Athayde Nery (PPS) lembrou que no próximo ano não será mais vereador e também fez referência à Mesa Diretora. “Acho que esse movimento voluntário tem que fazer, é assim mesmo”, completou, mencionando iniciativa popular que protesta contra o aumento.

O presidente do legislativo, vereador Paulo Siufi (PMDB), topou falar, mas pouco.  Resumiu-se a defender o reajuste como constitucional.

O vencimento dos parlamentares corresponderá a 75% da remuneração dos deputados estaduais. A resolução ainda diz que o total da despesa com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar 5% da receita do município. Além disso, assegura que as despesas decorrentes ocorrerão por meio de recursos orçamentários próprios.

Agora, o gasto da Casa com a folha dos parlamentares, que hoje é de R$ 194 mil, passará para R$ 435,8 mil, considerando o reajuste e ainda o aumento do número de vereadores, de 21 para 29 em 2013. A ampliação do gasto é de 124%.

Os vereadores defendem o aumento dizendo que os salários não eram reajustados desde 2008. Além do vencimento de R$ 15 mil, eles recebem valor indenizatório de R$ 8,4 mil por mês para custeio de gabinete, como telefone e combustível.

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