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Saúde e Bem-Estar

Campanha oferece testes e orientações sobre hepatites em bairros da Capital

A iniciativa está sendo realizada nas unidades de saúde da família no Bairro Los Angeles e Anhanduizinho

Por Geniffer Valeriano | 15/07/2025 15:33
Campanha oferece testes e orientações sobre hepatites em bairros da Capital
Agentes de saúde durante campanha de Prevenção às Hepatites Virais (Foto: Divulgação)

Para prevenir e conscientizar, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) deu início a uma ação especial de testagem para hepatites B e C. A iniciativa está sendo realizada nas unidades de saúde da família dos bairros Los Angeles e Anhanduizinho, em Campo Grande.

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A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande iniciou uma campanha especial de testagem para hepatites B e C nos bairros Los Angeles e Anhanduizinho. A ação, que integra o Julho Amarelo, oferece testes rápidos gratuitos, distribuição de preservativos e orientações sobre transmissão, diagnóstico e tratamento.Campo Grande apresenta a segunda maior taxa de hepatite A entre as capitais brasileiras, com 17,2 casos por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas de Curitiba. A cidade também ocupa a 17ª posição em casos de hepatite B e a 9ª em hepatite C, evidenciando a necessidade de ações preventivas e conscientização da população.

De acordo com a pasta, a campanha integra o Julho Amarelo, mês de combate às hepatites virais, e acontece em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho.

Na primeira etapa da ação, estão sendo oferecidos serviços gratuitos como testes rápidos para hepatites B e C, distribuição de preservativos internos e externos, além de orientações sobre formas de transmissão, diagnóstico e tratamento.

“Nosso objetivo é aproximar a prevenção das pessoas. Sabemos que, muitas vezes, o diagnóstico só acontece em estágios avançados, quando já há complicações. Por isso, estamos mobilizando nossas equipes para levar informação, testagem e cuidado a quem precisa”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite.

Ao longo do mês, as ações educativas devem percorrer outras unidades e regiões consideradas prioritárias na Capital. A campanha conta com apoio da Fiocruz, da Coordenadoria de Atenção Primária e do Serviço de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Sesau.

Além do atendimento ao público, a campanha também foca na proteção dos profissionais da saúde. Para esse grupo, é reforçada a importância da vacinação contra hepatite B e da realização do exame de soroconversão Anti-HBs, que verifica se o organismo desenvolveu imunidade após as três doses da vacina.

“A exposição a material biológico é um risco real e constante para quem trabalha na saúde. Proteger esses profissionais é proteger toda a rede de atendimento. Nossa orientação é que todos mantenham o cartão vacinal atualizado com as três doses da vacina contra hepatite B e realizem o exame de soroconversão”, ressaltou Fabiane Duarte, chefe do Serviço de ISTs da Sesau.

Nos últimos três anos, Campo Grande registrou 1.169 dispensações de Profilaxia Pós-Exposição após acidentes com sangue e outros fluidos corporais, o que representa uma média de 32 casos por mês.

“Essa campanha é um chamado para todos que ainda não se testaram, não se vacinaram ou não conhecem os riscos das hepatites virais. Estamos aqui para acolher, orientar e proteger a população de Campo Grande”, reforçou Fabiane Duarte.

Taxa elevada preocupa — Com taxa de 17,2 casos por 100 mil habitantes, Campo Grande foi a segunda capital com maior índice de hepatite A em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. Curitiba lidera o ranking, com 31,3 casos por 100 mil habitantes.

Em Mato Grosso do Sul, a taxa estadual foi de 6,0 casos por 100 mil habitantes, bem abaixo da registrada na Capital, que foi 2,9 vezes maior. Apenas até abril, Campo Grande havia registrado 56 casos de hepatite A. O número saltou para 188 ao longo de 2025.

O boletim também aponta que a Capital ocupa o 17º lugar entre as capitais em incidência de hepatite B (4,4 casos por 100 mil habitantes) e o 9º lugar em hepatite C (12,4 casos por 100 mil habitantes).

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