Descubra Arequipa, o Peru além de Cusco e Macho Picchu
A decisão da Libertadores 2025, em Lima, pode ser a chance de conhecer a segunda maior cidade peruana
Arequipa, uma cidade peruana de 485 anos, cercada por três vulcões com muita história, tradições e crenças dos Incas, quase nunca lembrada pelos viajantes brasileiros. Mas, se você está pronto para ver a final da Libertadores de 2025 entre os dois melhores times sul-americanos – Palmeiras x Flamengo -, dia 29, às 17h (no horário de Mato Grosso do Sul), no Estádio Monumental de Lima, no Peru, pode ser uma grande oportunidade para conhecer um dos destinos turísticos mais interessantes da América do Sul.
Apesar de ser a segunda maior cidade do Peru, Arequipa é pouco conhecida dos brasileiros. Cusco e Machu Picchu são os destinos peruanos preferido dos turistas, mas a dobradinha Lima/Arequipa também deve e merece ganhar a atenção dos viajantes. Só não pense que será um pulinho ou um simples bate e volta. Arequipa fica na fronteira com a Bolívia, próxima a La Paz, a mais de 1.000 km de Lima.
Ou seja: é preciso fazer um planejamento e já sair do Brasil com toda a sua programação definida. O jeito mais fácil e rápido, claro, é fazer o trajeto de avião. A Latam tem voos diários entre as duas cidades, em uma viagem que dura cerca de 1 hora, e as companhias aéreas chilenas Sky e a JetSmart também fazem o percurso. É complicado? Nem tanto, basta planejar.
Pense que Arequipa merece fazer parte do seu roteiro de viagem ao Peru. A cidade dos Andes peruanos, fundada pelos espanhóis em 1540, está a 2.300 metros acima do nível do mar, rodeada de vales, cânions e imponentes vulcões, um ainda ativo, o que torna o seu passeio bem mais emocionante. É como mergulhar em um rio de Bonito (MS), onde você sabe que tem sucuri, só não sabe quando ela vai aparecer.
Arequipa é uma cidade de 1 milhão de habitantes. É a capital do Departamento de Arequipa. Para você não se confundir, só lembrar que São Paulo é a capital do Estado de São Paulo, por exemplo. Veja abaixo algumas dicas do site Melhores Destinos sobre o que fazer em Arequipa:
Já na chegada ao Aeroporto Internacional Rodríguez Ballón é possível se encantar com os vulcões que emolduram a cidade de Arequipa. O vulcão ainda ativo, batizado de El Misti tem 5.822 metros de altura. A lista ainda tem o Chachani e o Pichu Pichu. De qualquer ponto da cidade o trio estará lá te esperando para fotos de um cenário absolutamente inesquecível para qualquer brasileiro, afinal, não temos nada parecido em nossas paisagens naturais.
A Plaza de Armas é um dos passeios mais emblemáticos em Arequipa. É onde tudo começou em 15 de agosto de 1540. A história da cidade está totalmente ligada à praça principal, como o ponto em que ela foi fundada pelo espanhol Garci Manuel de Garbajal quando o Brasil tinha apenas 40 anos da sua descoberta pelos portugueses. Rebeliões, festas e a independência de Arequipa (1821) também passaram pela Plaza de Armas.
Também na Plaza de Armas fica o Museu Santuários Andinos, um dos principais museus de Arequipa e que conta um pouco da história da cidade. Com peças arqueológicas, abriga a famosa múmia de Juanita, que foi encontrada em 1995 após cerca de 550 anos. A menina de 12 anos foi sacrificada num ritual no topo de um vulcão, e o corpo foi mantido intacto devido ao congelamento. É uma das múmias incas mais bem preservadas do mundo.
Sobre que moeda levar, a maioria das lojas e restaurantes de Arequipa aceitem cartão de crédito, inclusive cartões como Nomad e Wise, por exemplo, mas é sempre recomendável ter um pouco de moeda local, o Sol peruano, porque estabelecimentos só aceitam dinheiro. Na comparação com a moeda brasileira, um Sol peruano está cotado em R$ 1,6.
Há várias lojinhas no centrinho de Arequipa, a maioria com os mesmos produtos e com preços bastante parecidos entre eles. São muitas lojas de chocolate e de lembrancinhas da cidade (imãs, copinhos e até alpacas e lhamas de pelúcia). É possível comprar roupas feitas com a lã da alpaca, produzidas a base de fibra de baby alpaca (que significa a primeira tosa). Para saber se é verdadeira, a dica é o toque frio na malha.
E a altitude? Sim, essa é uma preocupação que se deve ter, por conta da menor pressão de oxigênio, mas nada que te impeça de viver uma experiência que ficará para sempre. Você estará nas montanhas, a 2.300 metros de altura, algumas pessoas sentem mais os efeitos, como dor de cabeça, fadiga, tontura e falta de ar, outras menos ou nada disso. Alguns hotéis oferecem na recepção o famoso chá de folhas de coca para combater as “consequências” da altitude.
Cidade Branca - Tal e qual Corumbá (MS), Arequipa é conhecida como “Cidade Branca”. A cidade sul-mato-grossense tem esse apelido por conta do seu solo rico em calcário. Já Arequipa, o apelido vem do fato de a maioria das construções ter sido feita a base de pedra sillar, um tipo de rocha vulcânica da cor branca. Mas há também a versão de que o nome vem da época da sua fundação, com a chegada dos espanhóis, todos de pele branca.
As construções brancas estão por toda a cidade. No centro histórico elas dão o tom. Os famosos portais coloniais de Arequipa circundam a praça em três seções: o Portal da Prefeitura, o Portal do Cabildo e o Portal de San Augustín. Na real, independentemente da origem do apelido, a verdade é que a pedra sillar faz parte da cidade de Arequipa, assim como os vulcões. Assim, a cidade encanta com sua natureza, construções, gastronomia e história, e que hoje segue firme devido principalmente ao turismo, à mineração, agricultura e pecuária.
Como chegar a Arequipa - Não há voos diretos do Brasil para Arequipa, mas a Latam oferece voos com conexão em Lima. Para quem deseja conhecer as duas cidades, o ideal é comprar duas passagens aéreas separadas, já que no Peru a companhia não permite fazer “Stopover”, quando você aproveita a passagem com destino a uma determinada cidade para conhecer outra, fazendo uma parada programada entre os voos. Na prática, não é possível ir de Campo Grande para São Paulo, depois Lima e Arequipa na mesma passagem.
