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Cidades

Após três anos preso em MS, boliviano acusado de corrupção é extraditado

Antonio Parada Vaca estava detido em Campo Grande desde 2022 e foi entregue às autoridades bolivianas

Por Bruna Marques | 19/05/2025 15:36


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Antonio Parada Vaca, ex-diretor de Recursos Humanos da Prefeitura de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, foi extraditado do Brasil. Acusado de liderar esquema de funcionários fantasmas e desvio de recursos, Parada estava preso em Campo Grande desde 2022 e foi entregue às autoridades bolivianas na fronteira entre Corumbá e Puerto Quijarro. A extradição, autorizada pelo STF em março, ocorreu sob forte esquema de segurança. Parada responderá por lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e outros crimes, com possível pena de 10 anos. O prejuízo aos cofres públicos, segundo o Ministério Público boliviano, ultrapassa US$ 1 milhão. Seu irmão, Guillermo Parada Vaca, também foi extraditado por acusações semelhantes.

O boliviano Antonio Parada Vaca foi oficialmente entregue às autoridades da Bolívia no início da tarde desta segunda-feira (19), em uma operação marcada por forte esquema de segurança na fronteira entre os dois países. Após três anos custodiado na Penitenciária da Gameleira 02, em Campo Grande, a extradição do ex-diretor de Recursos Humanos da Prefeitura de Santa Cruz de la Sierra foi autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em março deste ano.

Por volta das 14h, Parada Vaca chegou escoltado em uma viatura da Polícia Federal até a ponte da Linha Internacional, onde foi formalmente entregue a agentes da FELCC (Força Especial de Luta Contra o Crime), da Felcn (Força Especial de Combate ao Tráfico de Drogas), Unidade Anticorrupção, e da Interpol. A ação interditou momentaneamente o tráfego na região, causando longa fila de veículos nos dois lados da fronteira entre Corumbá e Puerto Quijarro, na Bolívia.

Conforme noticiado pelo site Diário Corumbaense, algemado, Antonio foi levado ao setor de imigração boliviano antes de ser escoltado para Santa Cruz de la Sierra, a cerca de 600 quilômetros da fronteira, onde ficará sob custódia da Direção Especializada contra Corrupção.

Ele responderá por crimes como lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, contratos lesivos ao Estado e conduta antieconômica. O Ministério Público da Bolívia já solicitou pena de 10 anos de prisão para ele e outros envolvidos no esquema.

Após três anos preso em MS, boliviano acusado de corrupção é extraditado
Parada assinando documento de extradição (Foto: Leonardo Cabral/Diário Corumbaense)

Parada foi preso em fevereiro de 2022 na sede da Polícia Federal em Corumbá, quando compareceu ao local para buscar documentos após pedir refúgio ao Brasil. Na ocasião, já figurava na lista de difusão vermelha da Interpol e teve mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Acusado de liderar um esquema de contratação de funcionários fantasmas e desvio de recursos públicos, Parada gerou, segundo o Ministério Público boliviano, prejuízo superior a US$ 1 milhão aos cofres do município. Ele ocupou sete cargos ao longo de 16 anos como servidor, sendo os últimos como assessor na Secretaria Municipal de Planejamento, com salário equivalente a R$ 11,8 mil.

O irmão dele, Guillermo Parada Vaca, também foi extraditado e responde por acusações semelhantes. Ambos deixaram a Bolívia antes de serem convocados pelo Ministério Público para prestar depoimento no escândalo de corrupção que abalou a gestão pública de Santa Cruz de la Sierra.

Após três anos preso em MS, boliviano acusado de corrupção é extraditado
Algemado, Antonio é escoltado por policiais (Foto: Leonardo Cabral/Diário Corumbaense)

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