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Cidades

Católicos são maioria em MS, com 1,2 milhão de fiéis

No Estado, as mulheres são mais religiosas que os homens

Por Izabela Cavalcanti | 06/06/2025 09:00
Católicos são maioria em MS, com 1,2 milhão de fiéis
Fiéis ajoelhados, rezando na Igreja São Francisco de Assis (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Mato Grosso do Sul tem 2.350.132 pessoas de 10 anos ou mais, com declaração sobre religião. No Estado, a maioria segue a religião católica, sendo 1.219.677 pessoas. Os dados são do Censo Demográfico 2022: Religiões, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta sexta-feira (06).

RESUMO

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Maioria da população de Mato Grosso do Sul se declara católica, segundo Censo 2022. O IBGE divulgou dados sobre religião no estado, revelando que dos 2.350.132 habitantes com 10 anos ou mais que declararam religião, 1.219.677 são católicos. Em seguida, vêm os evangélicos, com 763.096 pessoas, espíritas (39.526), umbanda e candomblé (14.410) e tradições indígenas (2.100). O censo também registrou 96.896 pessoas com outras religiosidades, 210.472 sem religião, 1.140 que não souberam responder e 2.815 que não declararam. As mulheres se mostraram mais religiosas, com 1.056.011 fiéis, contra 982.800 homens. O levantamento detalhou ainda a religião por raça, com a maioria dos brancos, pretos e pardos declarando-se católica.

Apesar disso, o número de evangélicos segue crescendo. Esse grupo fica em segundo lugar no Estado, com 763.096 pessoas; na religião espírita, 39.526 pessoas seguem; umbanda e candomblé, 14.410; tradições indígenas, 2.100.

Outras religiosidades abrangem 96.896 pessoas; e sem religião, 210.472. Durante a pesquisa, 1.140 não soube responder; e 2.815 não declararam religião.

O número de pessoas "sem religião" em Mato Grosso do Sul é o segundo maior da região Centro-Oeste, 8,92%. perdendo apenas para o Distrito Federal - 10,6%.

Em Mato Grosso do Sul, as mulheres são mais religiosas que os homens, com 1.056.011. São 609.711 católicas; 413.838 evangélicas; 23.418 espíritas; 7.972 umbandistas; e 1.072 participam de tradições indígenas.

Já no sexo masculino, são 982.800 religiosos. Deste total, 609.966 católicos; 349.259 evangélicos; 16.109 espíritas; 6.438 umbandistas; e 1.028 seguem tradições indígenas.

Católicos são maioria em MS, com 1,2 milhão de fiéis
Arte: Thainara Fontoura

Cor – Das pessoas que se declararam brancas, 552.519 são católicas; 284.594 evangélicas; 22.862 espíritas; 5.195 fazem parte da umbanda e candomblé; e 98 de tradições indígenas.

Das que se declararam pretas, 77.735 são católicas; 60.877 evangélicas; 2.395 espíritas; 1.866 da umbanda e candomblé; e 11 fazem parte de tradições indígenas.

Dos que se consideram pardos, 561.012 são católicos; 380.904 evangélicos; 13.370 espíritas; 13.370 são da umbanda; e 68 participam de tradições indígenas.

A analista do IBGE, Maria Goreth Santos, explica que “em 150 anos de recenseamento de religião, muita coisa mudou no país e na sociedade como um todo... Em 1872, o recenseador deveria assinalar cada pessoa como ‘cathólico’ ou ‘acathólico’, conforme grafia da época; não havia outra opção de religiosidade...Além disso, a população escravizada era toda contada como católica, seguindo a declaração do senhor da casa”.

Ela lembra da história para dizer que hoje, as informações sobre religião no Brasil contemplam variados grupos e subgrupos. “As transformações sociais têm resultado em modificações na metodologia do Censo ao longo de todas essas décadas. Códigos, banco descritor, estrutura classificatória e incorporação de novas declarações religiosas foram sendo necessários para retratar a diversidade religiosa no Brasil da forma mais fidedigna possível”,

Veja quais os destaques apontados pelo IBGE em relação ao Brasil:

  • De 2010 a 2022, de acordo com os dados do Censo Demográfico, houve redução do percentual de católicos apostólicos romanos (56,7%) e aumento de evangélicos (26,9%) e sem religião (9,3%). Em 2010, os católicos eram 65,1% da população de 10 anos ou mais, os evangélicos, 21,6%, enquanto os sem religião correspondiam a 7,9% dos declarantes.
  • Entre os católicos, a diminuição foi de 8,4 pontos percentuais (p.p.) frente a 2010. Já a proporção de evangélicos e sem religião no país cresceu, respectivamente, 5,2 p.p. e 1,4 p.p.
  • A religião espírita (1,8%) apresentou queda de 0,3 p.p. na comparação com 2010 (2,2%). Umbanda e candomblé, por outro lado, saíram de 0,3% em 2010 para 1,0% em 2022, um aumento de 0,7 p.p.
  • Em 2022, o catolicismo liderou em todas as grandes regiões do país, com maior concentração no Nordeste (63,9%) e no Sul (62,4%). Os evangélicos, por sua vez, estavam em maior proporção no Norte (36,8%) e no Centro-Oeste (31,4%).
  • A maior concentração dos que se declararam espíritas era no Sudeste (2,7%), e os umbandistas e candomblecistas estavam mais presentes no Sul (1,6%) e no Sudeste (1,4%). O Sudeste (10,5%) também reunia a maior quantidade de pessoas sem religião.
  • Embora os católicos apostólicos romanos fossem maioria em todos os grupos de idade, a proporção desse grupo variou entre 52,0%, na faixa etária de 10 a 14 anos, a 72,0% na faixa etária de 80 anos ou mais.
  • Em 2022, o catolicismo predominou em todas as categorias de cor ou raça, chegando a 60,2% entre as pessoas brancas. Pessoas de cor ou raça indígena apresentaram a maior proporção de evangélicos (32,2%). As maiores proporções de espíritas (3,2%), outras religiosidades (13,6%) e sem religião (16,2%) se encontravam entre pessoas de cor ou raça amarela.
  • As tradições indígenas (24,6%) e os católicos (7,8%) foram os grupos religiosos que apresentaram as maiores taxas de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais. Já os grupos religiosos com as menores taxas de analfabetismo foram pessoas que se declararam espíritas (1,0%) e os umbandistas/candomblecistas (2,4%).
  • Em 2022, os espíritas foram os que apresentaram a menor proporção de indivíduos sem instrução e com ensino fundamental incompleto (11,3%), e o maior percentual de nível superior completo (48,0%).

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